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Tempestade de poeira atinge Iraque pela 2ª vez em uma semana

Depois de uma primeira tormenta que envolveu a maior parte do Iraque no final da semana, a capital e o centro do país acordaram hoje, novamente, submersos sob uma luz alaranjada

Tempestade de poeira atinge Iraque pela 2ª vez em uma semanaTempestade de poeira atinge Iraque pela 2ª vez em uma semana - Foto: Ahmad Al-Rubaye/AFP

Uma tempestade de poeira afetou o Iraque nesta terça-feira (12). É a segunda vez que este fenômeno ocorre em menos de uma semana, causando internações por problemas respiratórios e o fechamento temporário dos aeroportos internacionais de Bagdá e Najaf

Depois de uma primeira tormenta que envolveu a maior parte do Iraque no final da semana passada, a capital e o centro do país acordaram hoje, novamente, submersos sob uma luz alaranjada. 

As nuvens, muito baixas, limitavam a visibilidade. 

Nas ruas de Bagdá, vários pedestres usavam máscaras descartáveis para se proteger da poeira, que depositava uma fina camada sobre edifícios e carros, segundo jornalistas da AFP.

"Houve hospitalizações por problemas respiratórios, mas a maioria são casos benignos", declarou o porta-voz do Ministério iraquiano da Saúde, Saif al-Badr, à AFP.
 

Os aeroportos internacionais de Bagdá e de Najaf, cidade santa xiita do sul do país que recebe milhares de peregrinos do mundo todo a cada ano, suspenderam suas operações pela manhã. Vários voos foram cancelados.

Segundo fontes do aeroporto, ambos foram reabertos no início da tarde, graças a uma melhora das condições. 

Tempestades de areia e poeira são frequentes na primavera do Iraque, mas o diretor dos Serviços Meteorológicos, Amer Al Jabri, afirma que, provavelmente, sua frequência aumentará neste país semidesértico. 

"As principais causas são a falta de chuvas, a aceleração da desertificação e a ausência de cinturões verdes" em torno das cidades, capazes de atenuar seus efeitos, explicou Jabri à AFP. 

O Iraque é um dos países mais vulneráveis à mudança climática e à desertificação. 

Em novembro de 2021, o Banco Mundial estimou que, devido a isso, o país poderá sofrer uma queda de 20% de seus recursos hídricos até 2050. 

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