Tempestade de poeira atinge Iraque pela 2ª vez em uma semana
Depois de uma primeira tormenta que envolveu a maior parte do Iraque no final da semana, a capital e o centro do país acordaram hoje, novamente, submersos sob uma luz alaranjada
Uma tempestade de poeira afetou o Iraque nesta terça-feira (12). É a segunda vez que este fenômeno ocorre em menos de uma semana, causando internações por problemas respiratórios e o fechamento temporário dos aeroportos internacionais de Bagdá e Najaf.
Depois de uma primeira tormenta que envolveu a maior parte do Iraque no final da semana passada, a capital e o centro do país acordaram hoje, novamente, submersos sob uma luz alaranjada.
As nuvens, muito baixas, limitavam a visibilidade.
Nas ruas de Bagdá, vários pedestres usavam máscaras descartáveis para se proteger da poeira, que depositava uma fina camada sobre edifícios e carros, segundo jornalistas da AFP.
"Houve hospitalizações por problemas respiratórios, mas a maioria são casos benignos", declarou o porta-voz do Ministério iraquiano da Saúde, Saif al-Badr, à AFP.
Leia também
• Massacre na cidade ucraniana de Bucha é informação 'falsa', diz Putin
• Homem, mulher, ou X: passaporte não binário chega aos EUA
• Unicef aponta mais de 500 crianças mortas ou feridas no Iraque por minas em cinco anos
Os aeroportos internacionais de Bagdá e de Najaf, cidade santa xiita do sul do país que recebe milhares de peregrinos do mundo todo a cada ano, suspenderam suas operações pela manhã. Vários voos foram cancelados.
Segundo fontes do aeroporto, ambos foram reabertos no início da tarde, graças a uma melhora das condições.
Tempestades de areia e poeira são frequentes na primavera do Iraque, mas o diretor dos Serviços Meteorológicos, Amer Al Jabri, afirma que, provavelmente, sua frequência aumentará neste país semidesértico.
"As principais causas são a falta de chuvas, a aceleração da desertificação e a ausência de cinturões verdes" em torno das cidades, capazes de atenuar seus efeitos, explicou Jabri à AFP.
O Iraque é um dos países mais vulneráveis à mudança climática e à desertificação.
Em novembro de 2021, o Banco Mundial estimou que, devido a isso, o país poderá sofrer uma queda de 20% de seus recursos hídricos até 2050.