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Estados Unidos

Quatro mortos por tempestade Debby que ameaça sudeste dos EUA com 'inundações catastróficas'

Debby tocou terra na Flórida como um furacão de categoria 1

Tempestade tropical Debby ameaça sudoeste dos EUATempestade tropical Debby ameaça sudoeste dos EUA - Foto: MIGUEL J. RODRÌGUEZ CARRILLO / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

Após deixar quatro mortos em sua passagem pela Flórida, no sudeste dos Estados Unidos, a tempestade tropical Debby chegou à Geórgia nesta segunda-feira (5) e ameaça provocar "inundações catastróficas".

Duas das vítimas, uma motorista de 38 anos e um jovem de 12 anos que viajavam juntos em um automóvel, morreram em um acidente no condado de Dixie, no noroeste da Flórida, na noite de domingo.

A mulher perdeu o controle do veículo devido às más condições climáticas e colidiu com uma barreira de proteção, indicaram as autoridades locais.

Em outro acidente de trânsito, um homem de 64 anos colidiu seu caminhão contra um muro e, após a cabine se soltar, caiu em um canal perto de Tampa, onde os serviços de emergência encontraram seu corpo.

A quarta vítima era um adolescente de 13 anos que estava na casa rodante de sua família, quando uma árvore derrubada pela tempestade o esmagou.

Debby tocou terra na Flórida como um furacão de categoria 1 - em uma escala de 5 - antes de enfraquecer e se tornar uma potente tempestade tropical.

Nas próximas horas, a tempestade trará "chuvas extremas", que poderiam provocar "inundações catastróficas nas áreas costeiras da Geórgia, Carolina do Sul e até mesmo Carolina do Norte", alertou Michael Brennan, diretor do Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC).

De acordo com as previsões do órgão, a tempestade se moverá pelo sul da Geórgia na noite de segunda-feira e na terça-feira antes de alcançar a costa da Carolina do Sul.

Após atingir um pico de 120 km/h, os ventos máximos sustentados caíram para 75 km/h e continuarão diminuindo, segundo o último boletim do NHC.

"Os impactos de Debby estão apenas começando e vão se estender ao longo da semana em porções da costa sudeste dos Estados Unidos", declarou Brennan.

Ao se afastar da costa, a tempestade se deslocará cada vez mais devagar, o que provocará "um episódio de chuvas extremas de longa duração" nas áreas atravessadas, acrescentou.

- Estado de emergência -
Debby impactou a região chamada Big Bend, uma área pouco povoada que liga a península da Flórida ao restante dos Estados Unidos pelo noroeste, e que já sofreu no ano passado os embates do furacão Idalia, de categoria 3.

"Isso não trouxe os ventos catastróficos de furacão que vimos em tempestades anteriores [na Flórida] como o furacão Ian [em 2022], mas trouxe e continua trazendo muita água", declarou em coletiva de imprensa o governador Ron DeSantis, que pediu precaução aos habitantes.

Segundo ele, cerca de 250 mil pessoas ficaram sem eletricidade nesta segunda-feira na Flórida.

Na cidade de Sarasota, no oeste do estado, cerca de 500 residentes tiveram que ser evacuados de suas casas inundadas para pontos mais elevados, indicou a polícia local nas redes sociais.

O presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou nesta segunda-feira uma declaração de emergência na Carolina do Sul, como havia feito no domingo para a Flórida, uma medida que permite acelerar a entrega de ajuda federal.

"Pessoal do Departamento de Defesa, do Departamento de Saúde, do Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos e da Guarda Costeira foi mobilizado e está preparado para apoiar", indicou o escritório de imprensa da Casa Branca em um comunicado.

A Patrulha Fronteiriça anunciou por sua vez na rede social X um benefício inesperado do furacão: seus ventos empurraram 25 pacotes de cocaína até a costa dos Cayos da Flórida, no sudoeste do estado, onde foram apreendidos.

A carga tem um valor de mais de um milhão de dólares nas ruas, precisou um funcionário desse órgão.

Em julho, o furacão Beryl, incomumente precoce, atingiu o sul dos Estados Unidos e deixou várias mortes.

De acordo com as previsões da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA), a temporada de furacões deste ano no Atlântico - que vai de junho a novembro - promete ser particularmente agitada devido à elevada temperatura oceânica que aumenta a intensidade dessas tempestades.

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