Tempo seco: como a baixa umidade afeta o coração
Segundo a Federação Mundial do Coração, pelo menos 20% das mortes por doenças cardiovasculares são causadas por conta da poluição do ar
A seca prolongada no Brasil, aliada a incêndios por todo o país provocou uma onda de clima seco severo por todo o território brasileiro. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou 159.411 focos de incêndio de janeiro até ontem, um aumento de 100% em relação ao mesmo período de 2023 e que deixou 60% do país sob fumaça que consiste até hoje.
O problema é que este forte calor, aliado ao clima seco e as queimadas, são um prato cheio para trazer consequências danosas ao corpo, principalmente doenças cardiovasculares, como: ataque cardíaco, AVC, arritmias e infecções. Segundo a Federação Mundial do Coração, pelo menos 20% das mortes por doenças cardiovasculares são causadas por conta da poluição do ar.
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Isso ocorre porque a poluição do ar é formada por uma mistura complexa de numerosos compostos na forma gasosa. Segundo um estudo publicado no Journal of the American Heart Association, de pesquisadores da Penn State University, afirma que esses poluentes em contato com organismo humano através do nariz, olhos, garganta e nariz, pode piorar a asma e doenças cardíacas, como a arritmia. Também podem desencadear outros problemas como um enfisema pulmonar e bronquite crônica.
Especialistas até afirmam que usar máscaras potentes, como a N95, pode ajudar, porém, não há comprovação de como e quanto essa proteção facial pode de fato auxiliar.
O atual cenário também leva a desidratação que pode ajudar na formação de trombos e obstrução nas artérias o que levaria a um AVC. Segundo especialistas, a falta de água pode deixar o sangue mais espesso e uma filtração renal menor, aumentando as doenças cardiológicas.
Entre as principais medidas de prevenção estão: além de se alimentar bem, mas beber bastante água, tentar umidificar o quarto, respirar bem o vapor de água dentro do chuveiro também ajuda.
Os perigos do clima seco
O clima seco dificulta a respiração de quem tem problemas como bronquite e asma e pode provocar sangramentos de nariz. No caso do sol forte, a pele é a parte mais sacrificada, e por isso recomenda-se cobrir bem o corpo com roupa. Especialistas recomendam beber bastante água para manter a hidratação, bem como fazer refeições nutritivas para repor minerais perdidos no suor – sem nunca abusar da comida para não ter indisposição.
O tempo seco também é um predisposto para doenças do sistema respiratório, como rinite e sinusite, por exemplo. Quando o ar está muito seco, ele acaba desidratando a mucosa respiratória e diminui os cílios de proteção presente no nariz. Favorecendo alergias e entrada de bactérias, o que pode levar a essas doenças.
No que concerne à gravidade da pouca umidade no ar, entre 20 e 30% é considerado estado de atenção. Quando a umidade do ar se encontra entre 20 e 12% já é considerado estado de alerta. Logo, abaixo de 12% de umidade no ar considera-se estado de emergência.
Crianças e idosos
Crianças e idosos são os mais afetados pela baixa umidade do ar, por isso, é necessário atenção especial a esses dois grupos de pessoas. O cuidado essencial, neste caso, é incentivar a ingestão de bastante água, além de sucos naturais feitos de maneira adequada, e água de coco.