CHUVAS

Temporal no Rio causou quatro mortes no estado; criança de 2 anos foi uma das vítimas

Bombeiros atuaram em 70 salvamentos de pessoas presas ou ilhadas

Rua alagada no Rio em dia de temporalRua alagada no Rio em dia de temporal - Foto: reprodução/vídeo

O forte temporal que atingiu diversos pontos do Rio de Janeiro nessa terça-feira (7) causou ao menos quatro mortes em diferentes municípios do estado. Segundo o Corpo de Bombeiros, em todo o território fluminense, foram feitos 70 salvamentos de pessoas presas ou ilhadas. Os militares ainda atuaram em 37 desabamentos ou deslizamentos. Entre as vítimas to temporal está a menina Ayla Sofia Rodrigues Costa, de 2 anos, que morreu em um deslizamento na Tijuca, Zona Norte da Capital.

A família de Ayla havia se mudado para a quitinete Chácara do Céu somente há três dias. No local do acidente, em meios aos escombros, estavam os brinquedos da Ayla, misturados à lama e a pertences da família. Dos móveis, apenas a cama com as roupinhas da criança e um guarda-roupa, não foram soterrados. A prefeitura, a Defesa Civil e a Fundação Instituto Geotécnica (Geo-Rio), estiveram no local.

— Eu estava trabalhando quando meu filho me ligou e disse que a cozinha tinha acabado de cair. Ele disse estar tomando banho. Eu não sabia da minha sobrinha. Eles me avisaram que ela ficou soterrada. Eu saí do trabalho e vim correndo. Se meu filho estivesse na pia, ele teria sido soterrado. Aqui já choveu muito, mas foi a primeira vez que isso aconteceu — afirmou Francisco Alves, tio-avô da menina e que teve a casa do lado também atingida pelo deslizamento.

'Não houve tempo de se fazer nada'
No Catete, Zona Sul do Rio, um homem morreu esta manhã após ser resgatado com vida de outro deslizamento. Jose Sirlei Carvalho Dinos, de 81 anos, ele estava em casa na noite de ontem quando parte do imóvel desabou, por volta das 20h30. O local, segundo o subprefeito da Zona Sul Flávio Valle, havia sido interditado no dia anterior.

— A partir dos laudos da Georio iam se tomar outras providências. Só que a tragédia aconteceu um dia depois dessa vistoria. Infelizmente ontem a gente teve essa chuva em um período de duas horas o que era esperado para todo o mês de fevereiro — Flávio Valle, subprefeito da Zona Sul.

— Não houve tempo de se fazer nada. Caso se chover mais, não tem risco da casa cair — afirma Orlando Soares, gerente executivo da Casa Civil.

Alerta: capital e outros municípios ainda têm riscos de alagamentos e deslizamentos

Os moradores da casa com uma parte interditada temem pela previsão de tempestade para essa quarta-feira. É possível observar pedregulhos soltos e rachaduras no local.

— Estamos com medo, porque eu fico sozinha em casa. De ontem, eu lembro dos trovões fortes e dos gritos de desespero do vizinho de baixo — relata Lorena da Silva, de 14 anos, moradora da casa com a varanda interditada.

Municípios fluminenses afetados
Em São Gonçalo, a morte de Gizelle Martins Bezerra, de 22 anos, foi confirmada por parentes e amigos da vítima que nas redes sociais lamentaram o ocorrido. A jovem chegou a ser levada ao hospital Azevedo Lima, em Niterói, mas já chegou em óbito.

Na tarde de terça-feira, Haroldo A. Júnior, de 27 anos, morreu em Saquarema, na região dos Lagos, após ser atingido por um raio. Os bombeiros foram acionados pouco depois das 14h para o socorro na Alameda Praia de Jaconé, no bairro Vilatur, em Saquarema. Mas, ao chegar ao local a equipe já o encontrou sem vida.

Das 300 ocorrências registradas pelos bombeiros no estado, 105 foram alagamentos e inundações, 70 salvamentos de pessoas presas ou ilhadas, 82 cortes de árvores e 37 desabamentos ou deslizamentos. Em Petrópolis, na Região Serrana, a Defesa Civil acionou as sirenes às 17h16 para avisar sobre o risco de inundação da Rua Coronel Veiga, e pediu para que a população fique atenta às próximas atualizações.

A Defesa Civil Estadual está em contato com as prefeituras para dar suporte caso necessário. O Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden-RJ) segue monitorando as condições meteorológicas e os níveis pluviométricos e enviando alertas para os municípios.

Segundo o órgão, a capital, as regiões Metropolitana, Serrana e as Baixadas Litorâneas apresentam risco geológico alto e muito alto, nesta manhã. Niterói, São Gonçalo, Cachoeiras de Macacu, Maricá, Rio de Janeiro, Nova Friburgo e Saquarema são pontos de atenção para deslizamentos.

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