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Tensão entre EUA e China sobre a Rússia persiste após reunião

Representantes dos dois países se reuniram em Roma para tratar sobre a guerra na Ucrânia

Presidente da China, Xi Jinping e Joe Biden, presidente estadunidensePresidente da China, Xi Jinping e Joe Biden, presidente estadunidense - Foto: Nicolas Asfouri, Nicholas Kamm/AFP

Os Estados Unidos estão "profundamente preocupados" com a posição da China de "alinhar-se com a Rússia" na guerra na Ucrânia, disse uma funcionária da Casa Branca nesta segunda-feira (14), após uma reunião de alto nível em Roma.

O encontro entre o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, e Yang Jiechi, responsável pela diplomacia do Partido Comunista Chinês, durou sete horas, foi "intenso" e "muito franco", acrescentou a fonte, que pediu anonimato.

A Casa Branca divulgou um comunicado citando "uma discussão substancial sobre a guerra da Rússia contra a Ucrânia" e enfatizando "a importância de manter as linhas de comunicação abertas entre os Estados Unidos e a China".

A funcionária assegurou que a reunião vinha sendo preparada desde dezembro e não quis comentar a informação divulgada pela imprensa americana de que Moscou pediu ajuda econômica e militar à China para a invasão da Ucrânia.

A Rússia, que está se preparando para um 'default' rejeitou a informação, enquanto a China acusou os americanos de espalhar "notícias falsas".

"Monitoramos muito de perto até que ponto a China ou qualquer outro país fornece assistência à Rússia, seja material, econômica ou financeira", declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, nesta segunda-feira, acrescentando que Pequim tem uma "influência muito significativa" sobre Moscou, o que poderia permitir "acabar com essa violência sem sentido" na Ucrânia.

"Deixamos bem claro para Pequim que não ficaremos de braços cruzados. Não permitiremos que nenhum país compense as perdas sofridas pela Rússia" devido às sanções ocidentais, acrescentou.

Os Estados Unidos não especificaram que tipo de ações chinesas poderiam provocar uma resposta americana, ou em que consistiria.

Washington também culpou a China por ajudar a espalhar "mentiras" russas sobre supostos laboratórios de armas químicas e biológicas dos EUA na Ucrânia.

Desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro, o regime comunista chinês priorizou sua amizade com Moscou e se absteve de pedir ao presidente russo, Vladimir Putin, que retire suas tropas da Ucrânia.

Mas a guerra na Ucrânia põe à prova a professada "amizade sem limites" de Pequim.

O governo do presidente Xi Jinping parece surpreso com a resistência ucraniana à ofensiva russa e com a dureza das sanções ocidentais.

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