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Tiktoker que usava apelido de "Velozes e Furiosos" é presa após furar 3 sinais e matar motociclista

Felicitas Alvite, conhecida como "La Toretto", estava em alta velocidade quando atingiu Walter Rubén Armand

Felicitas Alvite, a 'Toretto', foi detida após atropelar motociclista em La PlataFelicitas Alvite, a 'Toretto', foi detida após atropelar motociclista em La Plata - Foto: Redes sociais/Reprodução

A TikToker e influenciadora Felicitas Alvite, de 20 anos, foi presa nessa quinta-feira (2) por atropelar e matar Walter Rubén Armand, de 36, em La Plata. Para a acusação, a jovem atingiu a vítima enquanto dirigia em alta velocidade, no dia 12 do último mês. A defesa nega que ela estivesse num "pega".

"La Toretto" – como ela se mesma se chamava em referência ao personagem principal da saga Velozes e Furiosos, Dominic Toretto, interpretado por Vin Diesel – ultrapassou pelo menos três sinais vermelhos em uma avenida até dar de cara com Armand, que dirigia sua moto quando foi atropelado. O homem morreu no hospital devido aos ferimentos sofridos na batida.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra carros em alta velocidade pelas ruas de La Plata até que a jovem motorista atinge o motociclista num cruzamento.

 

A acusada compareceu nesta quinta-feira à sede da Delegação Departamental de Investigações (DDI) de La Plata depois que a Câmara de Apelações e Garantias Penais da cidade rejeitou um pedido da defesa e manteve a ordem de detenção assinada pela juíza Marcela Garmêndia.

"Medo? Medo é ir comigo no carro porque sou uma constante ‘esse quer correr’ e ajo como o Toretto”, escreveu a jovem num vídeo que publicou no TikTok. Na legenda da publicação ela escreveu: “Tão competitiva que dói”.

A acusada compareceu nesta quinta-feira à sede da Delegação Departamental de Investigações (DDI) de La Plata depois que a Câmara de Apelações e Garantias Penais da cidade rejeitou um pedido da defesa e manteve a ordem de detenção assinada pela juíza Marcela Garmêndia. A magistrada determinou a prisão de Alvite após deferir pedido do Ministério Público local.

O promotor Fernando Padovan, da Unidade de Instrução Funcional (UFI) nº 12 de La Plata, havia solicitado a prisão da influenciadora, conhecida como La Toretto, após acusá-la do crime de homicídio simples com possível dolo.

O representante do Ministério Público havia solicitado a prisão após análise de câmeras de segurança e laudos periciais dos veículos envolvidos na batida. A perícia teriam constatado que Alvite trafegava em alta velocidade e sem respeitar as indicações dos sinais de trânsito.

A promotoria decidiu mudar a tipificação do caso de homicídio culposo para "homicídio simples com possível dolo". Isto aumenta a pena para um mínimo de 8 e um máximo de 25 anos de prisão.

O incidente pela qual Alvite acabou detido ocorreu na sexta-feira, 12 de abril. A sequência foi registrada pelas câmeras de segurança da prefeitura de La Plata. As imagens mostram que o carro dirigido por Alvite – um VW Gol Trend – ultrapassou o sinal vermelho e atingiu Walter Rubén Armand, que pilotava uma motocicleta Bajaj Boxer.

— Não negamos a existência do fato nem suas particularidades. Sim, por outro lado, negamos enfaticamente que tenha sido cometida um 'pega' e que Felicitas tivesse a intenção de causar a morte de outra pessoa — explicaram os advogados da jovem no momento da argumentação perante o tribunal.

Na última segunda-feira, a defesa da jovem havia apresentado um pedido para blindá-la da prisão.

— Ela não é uma 'pilota de pega' ou uma 'pessoa que usa o carro para matar’. Pelo contrário, é uma menina boa, saudável, que praticamente não usa drogas nem álcool e que nunca, absolutamente nunca, teve problemas com a lei — afirmaram os advogados Flavio Gliemmo e Santiago Irisarri.

Segundo Gliemmo e Irisarri, a influenciadora explicou que, na noite anterior ao incidente investigado, ela havia saído com alguns amigos para um bar localizado em um prédio em frente à Plaza Moreno, em La Plata.

Na última segunda-feira, a defesa da jovem havia apresentado um pedido para blindá-la da prisão.

— Ela não é uma 'pilota de pega' ou uma 'pessoa que usa o carro para matar’. Pelo contrário, é uma menina boa, saudável, que praticamente não usa drogas nem álcool e que nunca, absolutamente nunca, teve problemas com a lei — afirmaram os advogados Flavio Gliemmo e Santiago Irisarri.

Segundo Gliemmo e Irisarri, a influenciadora explicou que, na noite anterior ao incidente investigado, ela havia saído com alguns amigos para um bar localizado em um prédio em frente à Plaza Moreno, em La Plata.

— Assim que saíram do bar, e como Felicitas era a única pessoa que não havia ingerido bebida alcoólica, o dono do carro pediu que ela dirigisse. Devemos enfatizar que nunca se chegou a acordo sobre um 'pega' ou algo semelhante. O que aconteceu, segundo nos conta a nossa assistente, mas que condiz com a filmagem incorporada ao processo, é que ela pediu a uma pessoa conhecida de City Bell, que estava em outro veículo, que a guiasse para fora da cidade — destacam os advogados.

Felicitas teria seguido o outro carro para sair da zona central de La Plata. Segundo a defesa, "infelizmente, e como consequência da sua condução imprudente e rápida", ao chegar à esquina das ruas 13 e 32, ela cruzou um sinal vermelho e causou a morte do homem. Os advogados apontaram ainda que a jovem não fugiu da cena do atropelamento e colaborou com "todos os procedimentos necessários".

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