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Titânio, 10 toneladas e 96 horas de autonomia: como é o submarino desaparecido em viagem ao Titanic

Veículo pode chegar a 4 mil metros de profundidade e alcança velocidade de 5,5 km/h

Submarino que realizava uma expedição até os destroços do Titanic desapareceu nesta segunda-feira Submarino que realizava uma expedição até os destroços do Titanic desapareceu nesta segunda-feira  - Foto: Divulgação

Um submarino que realizava uma expedição até os destroços do Titanic desapareceu nesta segunda-feira com cinco pessoas a bordo. A Guarda Costeira de Boston, que faz as buscas pelo submersível, confirmou que o bilionário britânico Hamish Harding é um dos que estavam na expedição. Segundo a emissora britânica Sky News, o próprio CEO da empresa que realiza a expedição pode estar entre os passageiros.

No site oficial da fabricante do submersível “Titan” (modelo similar ao desaparecido), a OceanGate, é possível ver especificações técnicas do aparelho, que é feito com fibra de carbono e titânio. O veículo pode chegar a 4 mil metros de profundidade e alcança uma velocidade de 5,5 km/h (3 nós).

“Através do uso inovador de materiais modernos, o Titan é mais leve e mais econômico para se mover do que qualquer outro submersível de mergulho profundo”, detalha o site da empresa.

O veículo mede 6,7m de comprimento, por 2,5m e 2,8m, pesando cerca de 10 toneladas. O Titan tem capacidade de carga útil de 685 kg, sendo movido por quatro propulsores elétricos. Já a autonomia é de cerca de 96 horas (quando com cinco pessoas a bordo), o que torna curto o tempo restante para o resgate dos que estariam no veículo.

Segundo a OceanGate, o Titan tem “uma vantagem única sobre outros submarinos de mergulho profundo”, que seriam os sistemas de “Monitoramento da Saúde do Casco em Tempo Real (RTM)”, que “fornecem um recurso de segurança incomparável que avalia a integridade do casco durante cada mergulho”.
 

“O Titan é o único submersível tripulado a empregar um sistema integrado de monitoramento de saúde em tempo real. Utilizando sensores acústicos colocalizados e medidores de tensão em todo o limite de pressão, o sistema RTM permite analisar os efeitos da mudança de pressão na embarcação à medida que o submersível mergulha mais fundo e avaliar com precisão a integridade da estrutura”, explica o site da OceanGate.

Criada em 2009, a empresa OceanGate oferece um passeio ao ponto do naufrágio, que leva oito dias e custa cerca de US$ 250 mil, o equivalente a R$ 1,19 milhão. O pacote também pode incluir um mergulho de oito horas até os destroços da embarcação inglesa.

O Titanic, operado pela White Star Line, afundou em sua viagem inaugural pelo Oceano Atlântico em 1912, após colidir com um iceberg. Mais de 1.500 pessoas morreram. O famoso naufrágio fica a 3.800 m no fundo do Atlântico. Os restos do maior navio da sua época ficam a cerca de 600 km da costa de Newfoundland, no Canadá.

O submersível pode acomodar cinco pessoas, diz a empresa, que geralmente inclui um piloto, três convidados pagantes e um especialista. Até o momento não foi revelado quantas pessoas estão a bordo da embarcação. A empresa que opera o submersível desaparecido diz que está “explorando e mobilizando todas as opções” para trazer a tripulação de volta com segurança.

“Todo o nosso foco está nos tripulantes do submersível e suas famílias”, disse a OceanGate em um comunicado, que acrescenta ter recebido “extensa assistência” de “várias agências governamentais e empresas de alto mar” em seus esforços para restabelecer o contato com o submersível. “Estamos trabalhando para o retorno seguro dos tripulantes.”

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