Desabafo

"Tive síndrome do pânico em razão do excesso de trabalho", posta Angélica nas redes; veja vídeo

Apresentadora falou sobre a condição durante palestra no Rio Web Summit; entenda o problema

AngélicaAngélica - Foto: Divulgação

A apresentadora Angélica falou que teve síndrome do pânico há um tempo em razão do excesso de trabalho durante uma palestra realizada no Rio Web Summit. “Eu tive síndrome do pânico também por excesso de trabalho. Nem tinha tanto essa coisa de rede social. Não se falava disso. Não tinha tanta rede social quando eu tive isso”, disse.

Ela ainda lembrou que, como começou desde muito nova, a pressão sempre esteve presente em todas as fases de sua vida. “Essa pressão que a gente sente hoje na internet e a gente tenta administrar a minha vida tinha já isso por ter começado a trabalhar muito pequena”. Angélica revela que sentiu as pressões e as crises passando quando procurou ajuda para tentar lidar com as pressões e cobranças.

“Não adianta ficar se cobrando e achando que é uma competição de quem trabalha mais, pois isso não leva a nada. O que leva é você procurar se cuidar, cuidar da sua cabeça para ser mais produtivo. Mas, infelizmente, as redes acabam te empurrado para um excesso”, diz.

O que é a síndrome do pânico?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a síndrome do transtorno do pânico, também chamada de ansiedade paroxística episódica, é um transtorno psiquiátrico que atinge de 2% a 4 % da população global. Ela é caracterizada por crises de ansiedade (ataques de pânico) de forma recorrente e imprevisível.

As crises são episódios em que a pessoa vive um conjunto de sintomas ligados à ansiedade ao mesmo tempo, e com uma intensidade maior. Elas acontecem com uma certa frequência em pessoas com transtorno de ansiedade não tratado, podendo ser provocada por um evento estressante ou ocorrer de forma inesperada. Geralmente dura de 5 a 20 minutos, mas pode chegar a algumas horas.

Quando acontecem de maneira mais recorrente e inesperada, o especialista analisa se é o caso de uma síndrome do pânico, em vez de episódios secundários da ansiedade. A identificação do que é uma crise se dá pelo conjunto de sintomas vividos ao mesmo tempo em alta intensidade, alguns deles sendo:

Preocupações, tensões ou medos exagerados;

Sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer;

Preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho;

Falta de controle sobre pensamentos, imagens ou atitudes;

Pavor depois de uma situação muito difícil;

Insônia;

Taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos);

Sudorese;

Tremores;

Ondas de calor ou de frio;

Falta de ar.

Não se sabe ainda as causas exatas para a síndrome do pânico, mas o tratamento envolve o uso de medicamentos psiquiátricos, como antidepressivos e ansiolíticos; sessões de psicoterapia, com psicólogos ou médicos psiquiatras, ou ambos em conjunto. Em caso de suspeita, é preciso procurar um atendimento médico especializado, que avaliará o diagnóstico correto e indicará o melhor tratamento para o caso.

Como controlar uma crise?
Entre os principais sintomas da condição estão: taquicardia, falta de ar, dor no peito, suor frio e tremores, acompanhados do medo de morrer. No entanto, é possível adotar pequenas medidas que podem fazer a diferença, segundo psicólogos.

A orientação é controlar a respiração, expirando por alguns segundos a mais do que o tempo da inalação. Assim, tente inspirar contando até quatro e expirar contando até seis.

A inalação está ligada ao sistema nervoso simpático que ativa a reação de “luta ou fuga”. Assim, funciona como o pedal do acelerador. Por outro lado, a expiração está relacionada ao sistema nervoso parassimpático, que atua na capacidade do nosso corpo de se acalmar. Ou seja, expirar mais lentamente vai desacelerar o sistema.

distrações como pensar em coisas que te deixem feliz, relaxado, ou que mantenha sua mente envolvida em outra coisa por alguns minutos pode ser um diferencial. Música, mergulhas as mãos e a cabeça em agua gelada corrente ou até mesmo tomar um pouco de ar fresco.

Outra dica dos profissionais é identificar a crise e dar um nome à ela. Diga a si mesmo, com calma, que essa é uma resposta exagerada do corpo a um estímulo. O objetivo é desarmar o pânico. Esse controle racional ajuda a diminuir a sensação de morte iminente, por exemplo.

Por último, manter uma postura de confiança e não de medo também pode dar uma resposta ao corpo de que você está pronto e preparado para lutar contra essa crise. Tente ficar de pé ou sentado em uma postura confiante com o peito estufado e os ombros largos.

Além de ajudar na respiração, isso tem um efeito psicológico, melhorando a confiança, o humor e os níveis de energia e reduzindo o estresse, a ansiedade e a depressão.

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