Logo Folha de Pernambuco

Justiça

TPI vai abrir processos contra funcionários russos por crimes de guerra na Ucrânia

Tribunal também solicitará ordens de prisão, mas não deu detalhes sobre quem será acusado

Rússia nega as acusações de crimes de guerra cometidos pelas suas tropasRússia nega as acusações de crimes de guerra cometidos pelas suas tropas - Foto: Karen Minasyan / AFP

O Tribunal Penal Internacional (TPI) abrirá dois processos contra funcionários russos por ações cometidas desde a invasão da Ucrânia, informou, nesta segunda (13), o The New York Times.

Segundo o jornal, o primeiro caso a ser tratado é do suposto sequestro por parte da Rússia de crianças ucranianas, que logo foram enviadas para adoção ou a campos de reeducação.

O segundo caso é sobre o ataque deliberado com mísseis das forças russas a infraestruturas civis na Ucrânia, como centrais de energia e de água.

Uma porta-voz do escritório do procurador do TPI, Karim Khan, não quis fazer comentários sobre a informação.

O tribunal também solicitará ordens de prisão contra várias pessoas, disse o The New York Times, citando como fonte funcionários e ex-funcionários do tribunal, sem dar detalhes sobre quem será acusado e quando.

O TPI, com sede em Haia, iniciou uma investigação sobre supostos crimes de guerra e contra a humanidade na Ucrânia poucos dias depois da invasão russa de 24 de fevereiro de 2022.

O procurador Karim Khan disse, no início desse mês, após uma visita à Ucrânia, que os supostos sequestros de crianças "estão sendo investigados pelo meu escritório com caráter prioritário"

Nem Rússia nem Ucrânia são membros do TPI, porém o governo de Kiev aceitou a jurisdição do tribunal e está colaborando com o escritório de Khan.

A Rússia nega as acusações de crimes de guerra cometidos pelas suas tropas e os especialistas creem que seja pouco provável que entregue algum suspeito.

Veja também

Justiça decreta prisão de 2º suspeito de participar da morte de delator do PCC
FORÇA-TAREFA

Justiça decreta prisão de 2º suspeito de participar da morte de delator do PCC

Países ricos oferecem US$ 250 bi/ano na COP29, valor insuficiente para nações em desenvolvimento
COP29

Países ricos oferecem US$ 250 bi/ano na COP29, valor insuficiente para nações em desenvolvimento

Newsletter