TPM pode dobrar o risco de menopausa precoce, mostra estudo
De acordo com o Estudo Brasileiro de Menopausa, do ano de 2022, a idade média para entrar em menopausa é aos 48 anos
Para além das cólicas fortes, dores de cabeça e irritabilidade, em novo estudo publicado na revista JAMA Network, outra consequência foi associada aos distúrbios pré-menstruais, também conhecidos como TPM, como a síndrome pré-menstrual (SPM) e o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM). Pessoas que sofrem dessas condições tem mais do que o dobro de chances de sofrer uma menopausa precoce.
Leia também
• Luísa Sonza, Tatá Werneck e Safadão: famosos que sofrem de crise de ansiedade; saiba sintomas
• Onda de calor obriga corpo humano a suar para se autorregular; entenda e veja dicas
• Dieta cetogênica: plano nutricional atrai famosos como Sasha, Fábio Assunção e Giovanna Antonelli
O que é a menopausa?
A menopausa, que também é chamada em termos médicos de climatério, marca o fim da vida reprodutiva da mulher a partir de um declínio natural nos hormônios reprodutivos. De acordo com o Estudo Brasileiro de Menopausa, do ano de 2022, a idade média para entrar em menopausa é aos 48 anos.
Ela é marcada por diversos sintomas como menstruação em pausa por pelo menos um ano, ondas de calor e a secura vaginal. Também pode causar distúrbios do sono.
Quais são os riscos dela vir precocemente?
Segundo um dos pesquisadores do estudo que associou os distúrbios com a menopausa, a sua forma precoce ocorre em mulheres antes dos 45 anos. Esse adiantamento é preocupante, porque, como mostra uma pesquisa anterior, ela traz consequências a longo prazo. Dentre elas estão a um risco maior de desenvolver doenças do coração e neurológicas, assim como osteoporose.
O estudo investigou informações de mais de 3.000 mulheres participantes do Nurse's Health Study II,, sendo 1.220 delas com distúrbios pré-menstruais (PMD) e 2.415 sem. De 1991 a 2017, os pesquisadores enviavam questionários a cada dois anos para analisar quando as mulheres passaram pela menopausa e em três deles foram questionadas a gravidade dos seus sintomas. A partir disso, a equipe envolvida pode analisar os dados e encontrou evidências da associação entre os distúrbios e a menopausa ocorrer antes do normal.
Segundo Elizabeth Bertone-Johnson, a principal autora do estudo, pesquisas como essa podem ajudar os profissionais de saúde a identificar quem pode estar em risco de ter menopausa precoce.
No entanto, algumas perguntas permanecem sem respostas e serão estudadas pelos cientistas. Uma delas é se existe um processo biológico que conecta os dois. Além disso, ainda não foi esclarecido se um tratamento dos sintomas pré-menstruais funcionaria como atenuante ou não.