Justiça

Traficante mexicano considerado um dos mais perigosos do mundo, 'El Mayo' se declara inocente em NY

Líder do cartel de drogas de Sinaloa, Ismael Zambada García é julgado por 17 acusações que incluem assassinato e tráfico de drogas

Ismael "El Mayo" Zambada Garcia Ismael "El Mayo" Zambada Garcia  - Foto: HANDOUTUS State Department/US Immigration and Customs Enforcement/AFP

Ismael “El Mayo” Zambada, o poderoso e antigo líder do cartel de drogas de Sinaloa, no México, declarou-se “não culpado” nesta sexta-feira em Nova York, nos Estados Unidos, onde será julgado por 17 acusações, incluindo assassinato e tráfico de drogas, que podem levá-lo a passar o resto de sua vida na prisão.

Vestido com um traje de presidiário e fisicamente debilitado, Zambada, de 76 anos, participou da sessão por meio de um intérprete de língua espanhola. Seus advogados apresentaram a declaração de inocência em seu nome.

Procurado pelas autoridades americanas por mais de duas décadas, Zambada está sob custódia dos Estados Unidos desde 25 de julho, quando desembarcou em um avião particular num aeroporto nos arredores de El Paso, no Texas, na companhia de outro líder fugitivo do cartel, Joaquín Guzmán López, segundo as autoridades federais.

Zambada posteriormente disse, em uma carta, que foi sequestrado no México e levado para os EUA por Guzmán López, filho do co-fundador do cartel de Sinaloa, Joaquín “El Chapo” Guzmán.

O juiz magistrado dos Estados Unidos, James Cho, ordenou que Zambada permanecesse detido até o julgamento.

Seus advogados não pediram fiança e os promotores federais no Brooklyn solicitaram ao juiz que o mantivesse preso. Sua próxima audiência está marcada para 31 de outubro e ele aguardará o julgamento na prisão.

Em uma carta ao juiz, os promotores chamaram Zambada de “um dos traficantes de drogas mais notórios e perigosos do mundo”, acrescentando que ele mantinha “um arsenal de armas de nível militar para proteger sua esposa, suas drogas e seu império”.

“Suas forças de segurança privadas fortemente armadas atuavam como seus guarda-costas pessoais e como proteção para carregamentos de drogas em todo o México, Colômbia, Equador e além. Além disso, ele mantinha um grupo de ‘sicários’, ou assassinos de aluguel, que realizavam assassinatos e sequestros brutais com o objetivo de manter a disciplina dentro de sua organização, proteger contra ações de rivais e silenciar aqueles que colaborariam com a aplicação da lei”, continua a carta. Isso incluiu a ordem de assassinato, há poucos meses, de seu próprio sobrinho, disseram os promotores.

Se for considerado culpado, poderá passar o resto de sua vida na prisão, assim como o seu compadre Joaquín “El Chapo” Guzmán, co-fundador do cartel de Sinaloa, que foi condenado no mesmo tribunal de Brooklyn à prisão perpétua.

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