Rio de Janeiro

Traficantes usam redes sociais para ameaçar rivais e prometem tomar controle da venda de drogas

Criminosos ligados ao Terceiro Comando Puro prometem tomar região da Praça Seca controlada pelo Comando Vermelho

No Rio, traficantes ameaçam rivais em vídeo das redes sociaisNo Rio, traficantes ameaçam rivais em vídeo das redes sociais - Foto: Reprodção/X

Dezessete homens armados com fuzis ligados a facção Terceiro Comando Puro (TCP) aparecem em um vídeo publicado no X (antigo Twitter) no alto de um morro ameaçando os rivais do Comando Vermelho. O grupo, que empunha as armas de grosso calibre para o alto, se intitula da 'Topa do Salomão' e ameaça tomar a região da Praça Seca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

“Tropa do Salomão e Coelhão. A Praça Seca vai ‘terceirar’ todinha. Corre não, estamos chegando”, ameaçam os criminosos, que ainda xingam o traficante Bruno Silva Souza, o ‘Tiriça’, liderança do Comando Vermelho, na Praça Seca. O vídeo foi publicado na rede social no último sábado.

A região, atualmente dominada pelo Comando Vermelho (CV), vive uma onda de violência devido à disputa pelo controle da venda de drogas.
 

'Salomão' ou 'Lacoste' a quem os criminosos se referem no vídeo é Wallace De Brito Trindade, chefe do tráfico do Morro da Serrinha, em Madureira, que atualmente está foragido. William Yvens da Silva Rios, o ‘Coelhão’, é considerado o braço direito do chefe do tráfico da Serrinha.

Clima de guerra no Campinho
Na noite da última sexta-feira (31), uma mulher foi morta durante um confronto entre policiais militares e criminosos em um dos acessos ao Morro do Fubá. A comunidade tem sido palco de constantes confrontos entre quadrilhas rivais que disputam o controle do tráfico de drogas na região. No tiroteio, um suspeito também morto e outros dois homens feridos.

A mulher baleada, identificada como Marluci Lopes Pereira, de 63 anos, passava de carro pela região quando foi atingida. A idosa chegou a ser socorrida no Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, mas não resistiu. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) comunicou que foi acionada para investigar as circunstâncias das mortes de Marluci e do suspeito, que ainda não foi identificado.

De acordo com a Polícia Militar, agentes do 9º BPM (Rocha Miranda) realizavam patrulhamento na região no momento do confronto. A corporação informou que um veículo em chamas chegou a ser lançado pelos criminosos em uma ladeira para dificultar a ação dos militares.

Após o tiroteio, os agentes encontraram um suspeito ferido e o encaminharam para o Hospital Salgado Filho, mas ele não resistiu aos ferimentos. Segundo a corporação, o morto estava com um fuzil que foi apreendido. Posteriormente, os militares foram informados que outros dois feridos haviam dado entrada no Hospital Salgado Filho.

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