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Saúde

Transmissão de sífilis de mãe para bebê cai 12,8% em Pernambuco, diz SES-PE

Comparação é entre números de 2018 e 2019

PreservativosPreservativos - Foto: Hugo Dourado/SES-PE

Pernambuco registrou uma queda, em 2019, de 12,8% na transmissão vertical da sífilis - aquela de mãe para bebê durante a gestação, denominada sífilis congênita. No ano passado, o Estado, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), foram, ao todo, 1.652 infecções diagnosticadas. Em 2018, foram 1.895. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (15).
 
Entre as gestantes, neste recorte dois anos, houve aumento de 3,9% - de 3.248 em 2018 para 3.375 em 2019. De acordo com a SES-PE, esta alta nos diagnósticos "pode demonstrar que a descoberta durante a gravidez e o tratamento correto, feito com antibiótico (penicilina), podem evitar o adoecimento e sequelas irreversíveis na criança".

Ao todo, Pernambuco teve um aumento de 3,5% no total de casos diagnosticados de sífilis em 2019. Ano passado, o Estado registrou 13.401 infecções. Em 2018, foram 12.947.
 

O Dia Nacional de Combate à Sífilis é lembrado no terceiro sábado de outubro. Este ano será em 17 de outubro. A SES-PE reforça a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento para evitar novas ocorrências dessa doença que tem cura.

"É indispensável que a pessoa gestante faça a testagem para as diversas IST, para que seja oferecido o tratamento adequado nos casos positivos. Em relação à sífilis, é preciso lembrar que as parcerias também precisam ser testadas e tratadas, para que não ocorra uma reinfecção na pessoa gestante e, consequentemente, a transmissão da bactéria ao bebê", afirma a gerente do Programa Estadual de IST/Aids/HV da SES-PE, Camila Dantas.

A Grávida deve fazer o teste para a sífilis no primeiro trimestre da gravidez ou na primeira consulta de pré-natal. Nos casos negativos, deve ser repetido no terceiro trimestre da gestação. 

Nos casos positivos, além do tratamento, é preciso que a equipe de saúde que acompanha a gestação faça o monitoramento mensal. Ratifica-se que, se não tratada, a doença pode provocar aborto, feto morto ou alterações irreversíveis na criança (óssea, oftalmológica, neurológica).

Na população em geral, em 2019, foram diagnosticados 8.374 casos de doença (sífilis adquirida), o que corresponde a um aumento de 7,3% em relação a 2018 (7.804). Quando analisado o período de 2015 a 2019, nota-se que a maior parte das ocorrências, tanto da sífilis adquirida quanto da em gestante, são na população entre 20 e 29 anos. 

"O SUS disponibiliza diversos métodos de prevenção às IST. É importante que a população se informe e busque a sua forma de prevenção e sexo mais seguro. São distribuídos gratuitamente camisinhas e gel lubrificante, assim como são disponibilizados os testes rápidos de HIV, sífilis e das hepatites para detecção precoce e o tratamento de todas essas enfermidades", pontua Camila Dantas. 

Sífilis
Infecção Sexualmente Transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis apresenta diversas manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). 

Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A transmissão é por meio da relação sexual desprotegida, da mãe para o bebê durante a gestação ou por transfusão de sangue contaminado. 

Para diagnosticar a doença, é possível fazer um teste rápido. Em caso positivo, é colhida uma amostra de sangue para realização de teste laboratorial confirmatório. Tanto o diagnóstico quanto o tratamento são ofertados gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

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