Saúde

Transtorno do estresse pós-traumático: o que causa e quais são os sintomas

A condição está associada a situações assustadoras e extremas, que invoquem sentimentos de medo, impotência ou horror

EsgotamentoEsgotamento - Foto: reprodução/internet

O transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) é uma patologia mental, com raízes na ansiedade, que apresenta um conjunto de sintomas físicos, psíquicos e emocionais após a vivência de um evento traumatizante na própria vida ou na de terceiros. Ela pode ser manifestada através de lembranças recorrentes sobre o evento como se ele ainda estivesse acontecendo, em episódios conhecidos como revivescência. Ao serem revividas, essas memórias podem causar alterações mentais e neurofisiológicas no paciente.

Quem pode desenvolver o TEPT?

O transtorno está associado a situações assustadoras e extremas, que invoquem sentimentos de medo, impotência ou horror. Por isso pode acometer a qualquer pessoa que passe por um fato traumático, como alguma das situações a seguir:

Violência urbana;

Violência sexual;

Acidentes;

Desastres naturais;

Agressão física;

Ameaça de morte;

Presenciar entes queridos ou pessoas próximas seriamente feridos ou mortos;

Combate e vivências em períodos de guerra;

Quais são os sintomas?

Os sintomas associados ao transtorno do estresse pós-traumático variam de acordo com o caso. Podem aparecer em qualquer idade e levar um longo período de tempo para aparecer. De acordo com o Manual MSD para Médicos, eles podem subdivididos em categorias: intrusões, esquiva, alterações negativas da cognição e do humor e alterações da excitação e da reatividade.

Sintomas de intrusão:

Ter memórias recorrentes, involuntárias, intrusivas e perturbadoras;

Ter sonhos perturbadores recorrentes sobre o evento;

Agir ou sentir como se o evento estivesse acontecendo de novo, desde flashbacks até perda total de consciência do ambiente atual;

Sentir sofrimento psicológico ou fisiológico intenso ao lembrar o evento (p. ex., aniversários do evento, sons semelhantes àqueles ouvidos durante o evento);

Sintomas de esquiva:

Evitar pensamentos, sentimentos ou memórias associados ao evento;

Evitar atividades, locais, conversas ou pessoas que desencadeiam memórias do evento.

Sintomas na cognição e o humor:

Perda de memória para partes significativas do evento (amnésia dissociativa);

Convicções ou expectativas negativas persistentes e exageradas sobre si mesmo, outros ou o mundo;

Pensamentos distorcidos persistentes sobre a causa ou consequências do trauma que levam a culpar a si mesmo ou outros;

Estado emocional negativo persistente;

Diminuição acentuada do interesse ou participação em atividades significativas;

Sensação de distanciamento ou estranhamento em relação a outras pessoas;

Incapacidade persistente de experimentar emoções positivas.

Sintomas de reatividade e excitação alteradas:

Dificuldade para dormir;

Irritabilidade ou explosões exacerbadas;

Comportamento imprudente ou autodestrutivo;

Problemas de concentração;

Maior resposta de sobressalto;

Hipervigilância.

Quais são os tratamentos para o TEPT?

Os tratamentos disponíveis para o transtorno são psicoterapia e medicação receitada por profissionais da saúde que atuam diretamente nos sintomas. Embora o TEPT seja incurável, seguindo o tratamento é possível obter uma melhora no quadro.

A principal forma de psicoterapia utilizada nestes casos é a terapia de exposição, feita por meio da exposição às situações que a pessoa evita, através de um psicólogo treinado, para conseguir processar o trauma.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, e deve seguir os critérios estabelecidos pelo DSM-IV (Manual de Diagnóstico dos Distúrbios Mentais) e o CID-10 (Classificação Internacional das Doenças). No primeiro momento, é identificado o evento que desencadeou o transtorno para em seguida, serem analisados os sintomas relacionados ao TEPT.

Veja também

Os Mercedes: família salvadorenha sofre com gangues e governo
gangues

Os Mercedes: família salvadorenha sofre com gangues e governo

Governo investiga mais de 20 pessoas por incêndios florestais no Rio
incêndios florestais

Governo investiga mais de 20 pessoas por incêndios florestais no Rio

Newsletter