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MOBILIDADE

Tratativas entre metrô e CBTU passarão a ter intermediação do Governo Federal

Assembleia que pode decretar greve do transporte com fim indeterminado está mantida para esta quarta-feira

Piso salarial da categoria foi classificado como "baixíssimo" por Valmir Assis FilhoPiso salarial da categoria foi classificado como "baixíssimo" por Valmir Assis Filho - Foto: Rogério França/Folha de Pernambuco

O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) e a Secretaria Nacional de Diálogos Sociais e Articulação de Políticas Públicas do Brasil, representada pelos secretários Kelli Cristine de Oliveira Mafort e Marcelo Fragozo dos Santos, se encontraram de forma virtual nesta segunda-feira (31), para tratar assuntos voltados ao funcionamento do metrô no Recife e Região Metropolitana.

Os principais temas abordados foram os que “encabeçaram” as últimas assembleias da categoria, como reajuste salarial e o pedido de retirada do metrô do Programa Nacional de Desestatização (PND).

Uma nova assembleia entre os metroviários está prevista para acontecer na próxima quarta-feira (2), quando uma greve por tempo indeterminado poderá ser anunciada.

Vice-presidente do Sindmetro-PE, Valmir Assis Filho apresentou detalhes do encontro e citou um entrave no processo contra a desestatização. Também foram discutidas medidas alternativas voltadas aos funcionários, diante da possível venda para a iniciativa privada.

“Tratamos das várias questões que estavam postas e também sobre o Programa Nacional de Desestatização. Eles não vislumbram ainda a saída do metrô, mas se propuseram a mediar um diálogo. Discutimos sobre o índice salarial e o piso, que é baixíssimo para uma categoria especializada como a nossa. Precisamos dialogar sobre isso e as duas cláusulas de transferência e estabilidade dos funcionários, em caso de estatização ou concessão da empresa”, disse, antes de criticar a postura da CBTU nas negociações.

“É difícil, nesse momento, ter uma mesa de negociação com a empresa, porque ela vem descumprindo o que ela mesmo propõe e assina em ata”, complementou.


Ele também projetou um novo encontro com representantes do Ministério do Trabalho e Emprego e do Serviço Social do Transporte (SEST).

“A Secretaria se comprometeu de até quarta-feira dialogar conosco e propor uma segunda reunião, mediando nossa conversa com a empresa e dois convidados. Isso nos ajuda e mostra que o período de paralisação está surtindo efeito”, comemorou.

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