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GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Trégua em Gaza adiada por discussões sobre reféns que devem ser libertados

O Catar afirmou nesta quinta-feira que as negociações prosseguem "de forma positiva" e que o acordo será "aplicado nas próximas horas"

Os ministros das Relações Exteriores dos principais países árabes e de maioria muçulmana, incluindo o ministro das Relações Exteriores do EgitoOs ministros das Relações Exteriores dos principais países árabes e de maioria muçulmana, incluindo o ministro das Relações Exteriores do Egito - Foto: Ludovic Marin/AFP

O adiamento de uma trégua na Faixa de Gaza entre as forças israelenses e o Hamas foi motivado por detalhes de "última hora" sobre quais reféns serão libertados e como, afirmou nesta quinta-feira (23) à AFP uma fonte palestina.

"O Catar, em coordenação com os egípcios e os americanos, deve anunciar hoje, nas próximas horas, o momento do início da trégua", acrescentou a fonte.

Na quarta-feira, "já aconteceu uma troca de lista de nomes de prisioneiros dos dois lados pelos mediadores do Catar e do Egito", explicou a fonte.

"O Hamas libertará 10 mulheres e crianças reféns - menores de 19 anos - e, ao mesmo tempo, 30 prisioneiros palestinos serão libertados. O acordo continuará assim", em um contexto de paralisação dos combates em toda a Faixa de Gaza e de limitação dos voos da aviação israelense no norte, afirmou o funcionário palestino.

"O adiamento é explicado por detalhes de última hora sobre os nomes dos reféns israelenses e as condições de sua entrega", acrescentou.

Em um primeiro momento foi apresentada a proposta de que "fossem entregues à Cruz Vermelha para seguir até o Egito", na fronteira com a Faixa de Gaza, antes da entrega "à parte israelense", segundo a fonte, que acompanha as negociações.

"Depois foi apresentada a proposta de que funcionários da Cruz Vermelha fizessem antes uma visita médica para verificar o estado de saúde dos reféns" e que os mesmos funcionários visitassem outros reféns "para verificar o estado de saúde", acrescentou a fonte.

"Os mediadores do Catar, Egito e Estados Unidos supervisionarão a aplicação do acordo e tomarão nota de qualquer violação. Eles são os garantes da aplicação do acordo de trégua e das conversações para alcançá-lo", disse o funcionário palestino.

 

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