Três funcionários do sistema ferroviário processados por catástrofe na Grécia
Os indiciados são um inspetor de trens e dois funcionários acusados de abandonar os postos de trabalho antes do previsto durante a noite da colisão entre dois trens
A justiça da Grécia iniciou nesta quinta-feira (9) um processo criminal contra três funcionários do sistema ferroviário depois do indiciamento do diretor de uma estação após a colisão entre dois trens, uma tragédia que provocou 57 mortes.
Os três funcionários são processados pelo crime de "perturbação da segurança no transporte", homicídio culposo por negligência e lesões corporais", de acordo com fontes judiciais.
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Os indiciados são um inspetor de trens e dois funcionários acusados de abandonar os postos de trabalho antes do previsto durante a noite de 28 de fevereiro, quando aconteceu a colisão frontal entre um trem de passageiros e um trem de carga em Tempe, a 300 km de Atenas, perto da cidade de Lárissa.
No domingo passado, o diretor da estação de Lárissa recebeu as mesmas acusações dos três funcionários antes de ser detido.
Atribuído a uma "falha humana", o acidente ferroviário - o pior da história da Grécia - provocou uma comoção no país e revelou a falta de manutenção da rede ferroviária e, em particular, as falhas do sistema de segurança.
Nos últimos dias a Grécia foi cenário de grandes manifestações. A população acusa o governo de não ter modernizado a rede ferroviária, apesar das advertências dos especialistas e dos sindicatos sobre a falta de segurança adequada.