Três palestinos mortos na Cisjordânia pelo exército de Israel
Um comunicado militar afirma que os "agressores abriram fogo" contra os soldados em um posto próximo do cruzamento de Jit, ao oeste de Nablus, e os militares ao ataque
Três palestinos armados foram mortos depois que abriram fogo contra soldados israelenses no norte da Cisjordânia ocupada, perto de Nablus, informaram neste domingo fontes oficiais dos dois lados.
Um comunicado militar afirma que os "agressores abriram fogo" contra os soldados em um posto próximo do cruzamento de Jit, ao oeste de Nablus, e os militares ao ataque.
O ministério palestino da Saúde indicou que foi informado sobre as mortes de três palestinos por tiros israelenses perto de Nablus: Yihad al Shami, 24 anos, Uday al Shami, 22, e Mohammad Dabeek, 18.
"Três agressores armados foram neutralizados durante a troca de tiros. Outro homem armado se entregou às forças de segurança", acrescentou o exército em um comunicado, que também afirma que o lado israelense não registrou feridos.
Os soldados, membros da unidade de elite de infantaria Golani, apreenderam uma pistola e três fuzis M-16 utilizados pelos palestinos, segundo o exército israelense.
A Cova dos Leões, um novo grupo armado de Nablus acusado por vários ataques a alvos israelenses, afirmou que os três palestinos mortos eram integrantes do movimento.
Em um comunicado, o grupo, que prometeu vingança, afirma que os três identificaram os soldados israelenses, que executaram uma emboscada, e enfrentaram os militares.
O movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, afirmou que as mortes "alimentarão a grande Intifada da Cisjordânia".
O incidente aconteceu a poucos metros de uma colônia israelense na Cisjordânia, um território ocupado pelo Estado hebreu desde 1967.
O presidente do conselho local dos colonos elogiou o exército por "afastar da região o esquadrão terrorista criminoso".
"Continuaremos vivendo e construindo aqui Samaria e em toda a região", afirmou Yossi Dagan em um comunicado, utilizando o termo bíblico para fazer referência à parte norte da Cisjordânia.
A violência aumentou no último ano na Cisjordânia, mas a situação está mais grave desde que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, retornou ao poder em dezembro, em uma coalizão com judeus ultraortodoxos e a extrema-direita.
O governo de Netanyahu prometeu prosseguir com a expansão das colônias israelenses na Cisjordânia, uma política criticada pela Autoridade Palestina e a comunidade internacional.
Desde o início do ano, o conflito israelense-palestino matou 81 palestinos, incluindo militantes e civis. No mesmo período, 12 civis israelenses, além de uma cidadã ucraniana, morreram em atos de violência, de acordo com um balanço da AFP baseado em fontes oficiais dos dois lados.