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JAPÃO

Treze anos após tsunami, operadora de Fukushima consegue extrair amostra radioativa com robô

Níveis de radioatividade dentro da antiga usina, que entrou em colapso em 2011

Operadora de Fukushima consegue extrair amostra radioativa com robô; vejaOperadora de Fukushima consegue extrair amostra radioativa com robô; veja - Foto: X/vídeo/reprodução

Uma operação difícil para remover um pequeno pedaço de detritos radioativos da usina nuclear de Fukushima, atingida no Japão, usando um dispositivo robótico, foi concluída com sucesso, disse o operador da usina nesta quinta-feira. Problemas técnicos haviam interrompido tentativas anteriores.

Extrair as estimadas 880 toneladas de combustível altamente radioativo e detritos de Fukushima continua sendo a parte mais desafiadora do processo de descomissionamento.

Mas os níveis de radioatividade dentro da antiga usina, que entrou em colapso em 2011 após ser atingida por um tsunami catastrófico, são altos demais para humanos entrarem.

Os engenheiros usaram um dispositivo robótico extensível especialmente desenvolvido para remover uma amostra com um diâmetro de cinco milímetros, com o objetivo de estudá-la em busca de pistas sobre as condições dentro dos reatores atingidos.

A remoção experimental de detritos começou em setembro, após uma tentativa inicial em agosto ter sido suspensa em um estágio inicial devido a um problema com a instalação do equipamento.

Outro problema técnico relacionado às câmeras no aparelho causou uma pausa de mais de um mês antes que o procedimento fosse retomado, no final de outubro.

Nesta quinta-feira, a operadora da usina, Tepco, disse que havia "concluído a remoção experimental de resíduos de combustível", declarando a operação um sucesso após várias etapas complexas.

No fim de semana, o robô conseguiu remover um pedaço de resíduos de um recipiente de contenção ao redor de um reator danificado pela primeira vez. Os técnicos então testaram o nível de radiação da amostra na terça-feira e a colocaram em um recipiente especial.

A amostra será enviada para institutos de pesquisa em Ibaraki, ao norte de Tóquio, para análise, disse uma porta-voz da Tepco à AFP, acrescentando que a empresa ainda está estudando quando poderá iniciar a remoção completa dos resíduos radioativos.

Três dos seis reatores de Fukushima estavam operando quando o tsunami atingiu em 11 de março de 2011, desencadeando o pior desastre nuclear desde Chernobyl.

No ano passado, o Japão começou a liberar no Oceano Pacífico parte das 540 piscinas olímpicas de água de resfriamento de reator tratada acumulada desde o desastre.

A medida desencadeou uma disputa diplomática com a China e a Rússia —ambas proibiram importações de frutos do mar, embora o Japão insista que a descarga é segura, uma visão apoiada pela agência atômica da ONU.

Pequim, no entanto, disse em setembro que "retomaria gradualmente" a importação de frutos do mar do Japão após impor a proibição geral.

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