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Tribunal de apelações confirma condenação de ex-presidente do banco do Vaticano

Angelo Caloia e a advogada Gabriele Liuzzo foram condenados a oito anos e 11 meses de prisão, além de multa de 12.500 euros

Cidade do VaticanoCidade do Vaticano - Foto: Vincenzo Pinto/AFP

O Tribunal de Apelações do Vaticano confirmou, nesta sexta-feira (22), a sentença de quase nove anos de prisão para o ex-presidente do "banco do papa", condenado por fraude na venda de imóveis da Santa Sé. 

Angelo Caloia, ex-presidente do Instituto para as Obras de Religião, como o banco do Vaticano é oficialmente chamado, de 83 anos, e a advogada Gabriele Liuzzo, foram condenados em janeiro de 2021, em primeira instância por "lavagem e desvio de dinheiro", a oito anos e 11 meses de prisão, além de multa de 12.500 euros (quase o mesmo valor em dólares). 

A sentença, a primeira emitida pelo Estado do Vaticano por um crime financeiro, foi considerada "irrevogável" pelo tribunal de apelações e respeita a linha dura do papa Francisco contra a corrupção dentro das entidades da Igreja Católica. 

O caso eclodiu em 2014 sobre a venda de 29 propriedades do Vaticano, realizada entre 2001 e 2008, em Roma, mas também em Milão e Gênova. Vinte deles deram origem a irregularidades. 

As mercadorias foram vendidas por 34 milhões de euros (quase o mesmo total em dólares) abaixo de seu valor de mercado. Parte das quantias acabou nos bolsos dos condenados e, depois, foi depositada em contas suíças. Caloia foi presidente do IOR por 20 anos, até 2009.

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