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Tribunal espanhol convoca esposa de Pedro Sánchez a depor como investigada em 5 de julho

Begoña Gómez é suspeita de "crimes de corrupção no setor privado e tráfico de influências"

Begoña Gómez, esposa do primeiro-ministro Pedro SánchezBegoña Gómez, esposa do primeiro-ministro Pedro Sánchez - Foto: Javier Soriano/AFP

Um tribunal de Madri anunciou nesta terça-feira (4) que convocou Begoña Gómez, esposa do primeiro-ministro Pedro Sánchez, para depor como investigada em 5 de julho, no âmbito de um investigação por suspeitas de corrupção.

"O Juizado de Instrução nº 41 de Madri citou a depor como investigada Begoña Gómez, na sexta-feira, 5 de julho, às 10h", por supostos "crimes de corrupção no setor privado e tráfico de influências", explicou a Justiça em um comunicado.

Na semana passada, a Justiça rejeitou o pedido feito pelo Ministério Público para arquivar a investigação, por falta de elementos "suficientes".

Um tribunal de Madri considerou que havia "indícios de um suposto ato criminoso" e autorizou a continuidade da investigação preliminar.

O caso se concentra em contratos públicos concedidos a um empresário com relações profissionais com Begoña Gómez.

"Não há (...) cortina de fumaça que evite que a mulher de Sánchez seja investigada por assinar cartas de recomendação para que o governo conceda contratos a empresários amigos", escreveu na rede social X Cuca Gamarra, secretária-geral do conservador Partido Popular, principal formação de oposição.

As investigações contra Begoña Gómez por possível corrupção e tráfico de influência foram iniciadas após a denúncia de um grupo próximo da extrema direita, 'Manos Limpias', que admitiu que se baseou apenas em artigos de imprensa.

No final de abril, Sánchez chamou as acusações contra sua esposa de estratégia de "assédio e destruição" contra o seu governo de esquerda de "meios de comunicação de direita e extrema direita", apoiados pela oposição conservadora.

Quando a investigação se tornou pública, Sánchez anunciou em 24 de abril, para surpresa geral, que pensava em renunciar e que refletiria por cinco dias até tomar uma decisão. Ao final, permaneceu no poder.

A citação de sua esposa nesta terça-feira é um revés político para Sánchez, uma vez que a oposição afirma que esta investigação reforça suas acusações de corrupção contra o líder socialista e o seu governo.

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