Tribunal israelense condena voluntária espanhola a 13 meses de prisão
O tribunal disse que Juana confessou seu papel como "arrecadadora de fundos para a Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP)"
Um tribunal militar israelense sentenciou a trabalhadora humanitária espanhola Juana Rashmawi a 13 meses de prisão, nesta quarta-feira (17), após considerá-la culpada de usar sua organização para financiar um grupo palestino classificado como terrorista por muitos países ocidentais.
Seu advogado, Avigdor Feldman, disse à AFP que o tribunal militar israelense confirmou a sentença pedida pelos promotores, como parte do acordo de confissão alcançado na semana passada, e determinou a Rashmawi o pagamento de uma multa de 50 mil shekels (cerca de US$ 16 mil).
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O tribunal disse que Juana Ruiz (Rashmawi é seu sobrenome de casada) confessou seu papel como "arrecadadora de fundos para a Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP)", um grupo marxista militante acusado de cometer ataques contra israelenses.
Ruiz trabalhou para os Comitês de Trabalho para a Saúde, proibidos por Israel na Cisjordânia em 2020, afirmando que são um braço civil da FPLP.
"A acusada Rashmawi não estava envolvida na entrega de dinheiro à FPLP. Trabalhava para uma organização de saúde, ela trazia dinheiro para a organização de saúde, mas não tinha ideia de que esse dinheiro estava indo para a FPLP", disse Feldman à imprensa.