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EUA

Trump "certamente apoiou uma insurreição", diz Biden após decisão judicial contra o republicano

Apesar de valer apenas para o estado, a medida é vista como uma eventual jurisprudência para ações similares no futuro

Montagem do ex-presidente americano Donald Trump e do presidente Joe Biden Montagem do ex-presidente americano Donald Trump e do presidente Joe Biden  - Foto: Jim Watson e Dominick Reuters / AFP

O ex-presidente Donald Trump "certamente apoiou uma insurreição", afirmou, nesta quarta-feira, o presidente americano, Joe Biden, após a surpreendente decisão adotada na terça-feira pela Suprema Corte do Colorado, que deixa o republicano de fora das eleições primárias. Apesar de valer apenas para o estado, a medida é vista como uma eventual jurisprudência para ações similares no futuro.

— [Trump] certamente apoiou uma insurreição, não há nenhuma dúvida a respeito disso — afirmou o democrata depois que esse tribunal declarou seu antecessor (2017-2021) inelegível para a Presidência devido às suas ações durante a midiática invasão, em 2021, de centenas de seus simpatizantes ao Capitólio, sede do Congresso americano.

Biden indicou, no entanto, que não "comentava" a decisão judicial em si.

— Deixo que o tribunal decida se aplicará a 14ª Emenda da Constituição — declarou em sua chegada à cidade de Milwaukee, em Wisconsin.

A Suprema Corte do estado do Colorado concluiu que Donald Trump "se rebelou em 6 de janeiro de 2021" durante a invasão ao Capitólio, e considerou que a 14ª Emenda da Constituição, evocada para pedir sua inelegibilidade, se aplicava a quem ocupava o cargo de presidente naquele momento. Por isso, os juízes pediram às autoridades eleitorais do estado que retirem o nome de Trump das cédulas para as primárias republicanas de 2024, nas quais ele é o grande favorito.

Em comunicado, a campanha de Trump confirmou um pedido de recurso, e disse confiar em uma vitória no tribunal.

"A Suprema Corte do Colorado emitiu uma decisão completamente falha na noite de hoje [terça-feira], e vamos prontamente recorrer à Suprema Corte dos Estados Unidos, e faremos um pedido de análise dessa decisão profundamente antidemocrática", afirmou o porta-voz do ex-presidente, Steven Cheung. "Temos a plena confiança de que a Suprema Corte dos EUA vai rapidamente emitir uma decisão a nosso favor, e finalmente pôr um fim a esses processos anti-americanos."

Biden, que tem 81 anos, também é candidato a um segundo mandato pelo Partido Democrata, e está, em grande medida, fazendo campanha utilizando o argumento de que Trump representa uma "ameaça" para a democracia americana.

Além dos problemas com a Suprema Corte do Colorado, Trump enfrenta ao menos quatro processos criminais na Justiça, sendo que o primeiro deles, relacionado às tentativas de interferência nas eleições de 2020, está marcado para março do ano que vem, já em meio às primárias. Outros casos também analisam o papel que ele teve no ataque ao Capitólio.

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