EUA

Trump comparece a segundo dia de julgamento por fraude em Nova York

O ex-presidente foi acusado de ter inflacionado o valor de seus ativos imobiliários na década de 2010

Trump comparece a julgamentoTrump comparece a julgamento - Foto: Seth Wenigpool/AFP

Donald Trump, acusado juntamente com seus dois filhos de ter inflacionado o valor de seus ativos imobiliários na década de 2010, compareceu ao tribunal de Manhattan nesta terça-feira (3), no segundo dia deste julgamento civil.

Antes de entrar na sala, o ex-presidente voltou a atacar diante da imprensa a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, a quem chamou de "muito corrupta" e "extremamente incompetente".

Depois sentou-se na sala do tribunal em frente à Arthur Engoron, juiz instrutor do caso, e na presença de um dos seus filhos, Eric Trump, e de James, que iniciou a investigação contra a empresa familiar do magnata e de dois dos seus filhos (Donald Jr e Eric), a Trump Organization.

Letitia exige dos acusados US$ 250 milhões (R$ 1,3 bilhões, na cotação atual) por danos e prejuízos e que eles sejam proibidos de voltar a dirigir uma empresa no estado de Nova York.

Caso seja condenado, o magnata, que fez fortuna no setor imobiliário e nos cassinos na década de 1980, perderia o controle sobre vários edifícios emblemáticos de seu grupo, como a Trump Tower, na Quinta Avenida, em Manhattan.

Na segunda-feira (2), primeiro dia do julgamento, o empresário disse que o que está acontecendo "é uma farsa" e uma "caça às bruxas". "O que acontece aqui é uma tentativa de me prejudicar nas eleições", acrescentou o ex-presidente, favorito nas primárias republicanas para retornar à Casa Branca no ano que vem.

O julgamento ganhou subitamente uma importância considerável na semana passada, quando o juiz Engoron aceitou como válida a investigação da promotoria que mostrou a existência de "fraude contínua" e de que o magnata e os dirigentes de sua empresa haviam "inflado" seus ativos entre US$ 812 milhões (R$ 4,1 bilhões) e 2,2 bilhões (R$ 11,2 bilhões) por ano entre 2014 e 2021.

O republicano sempre negou as acusações e intensificou seus ataques contra a procuradora democrata negra, que Trump chama de "racista", e contra Engoron, quem classifica como "perturbado".

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