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EUA

Trump defende Robert Kennedy Jr. como futuro secretário de Saúde

Kennedy é uma das indicações mais polêmicas do próximo gabinete

O ex-presidente dos EUA e candidato presidencial republicano Donald Trump (2º à esquerda) aperta a mão de Robert F. Kennedy Jr.O ex-presidente dos EUA e candidato presidencial republicano Donald Trump (2º à esquerda) aperta a mão de Robert F. Kennedy Jr. - Foto: Christian Monterrosa/AFP

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu, nesta segunda-feira (16), sua decisão de nomear Robert F. Kennedy Jr. como secretário de Saúde, apesar das polêmicas geradas por sua posição antivacinas.

Kennedy, uma das indicações mais polêmicas do próximo gabinete, precisa da aprovação do Senado para ser confirmado como titular da pasta de Saúde.

"Acho que ele será muito menos radical do que imaginam", disse Trump em entrevista coletiva, ao ser perguntado sobre o que diria aos pais preocupados com o risco que seus filhos poderiam correr com uma eventual política antivacina.

"Acho que ele tem uma mentalidade muito aberta, caso contrário não o teria colocado ali", garantiu o presidente eleito em sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida.

Robert F. Kennedy Jr., sobrinho do presidente assassinado John F. Kennedy (JFK), foi candidato independente nas eleições presidenciais dos Estados Unidos este ano, antes de se juntar à campanha de Trump.

Este ex-advogado ambiental difundiu teorias conspiratórias sobre as vacinas anticovid, e teorias já refutadas sobre a relação entre vacinas e autismo.

Também defendeu que se elimine o flúor da água corrente, embora a medida seja considerada pela comunidade médica como uma grande conquista no combate às cáries.

Apesar de sua posição, RFK Jr. garantiu que não quer retirar a possibilidade de se vacinar para quem quiser fazê-lo.

Trump mencionou nesta segunda um aumento nos casos de autismo.

"Vamos investigar por que a taxa de autismo é muito mais alta que há 20, 25 ou 30 anos", disse. "Quero dizer... é como se fosse 100 vezes mais alta. Há algo que não está bem e vamos tentar averiguar", acrescentou.

Embora o autismo seja detectado com muito mais frequência hoje em dia, as pesquisas sugerem que o aumento se deve a mudanças nos critérios de diagnóstico, a uma maior consciência e melhor detecção.

Os estudos científicos não encontraram até agora nenhuma evidência de conexão entre as vacinas e o autismo.

O futuro presidente disse nesta segunda, entretanto, ser "um grande partidário" da vacina contra a pólio.

Quando lhe perguntaram se as crianças deveriam receber vacinas obrigatórias nas escolas, respondeu que não é "uma pessoa autoritária".

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