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Trump denuncia ser vítima de "interferência eleitoral"

O republicano está sendo investigado pelo pagamento de 130 mil dólares à atriz pornô Stormy Daniels

Trump no TexasTrump no Texas - Foto: Suzanne Cordeiro/AFP

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump denunciou na segunda-feira (27) que a investigação contra ele por supostamente comprar o silêncio de uma atriz pornô é uma forma de "interferência eleitoral", orquestrada por "bandidos", antes da eleição de 2024.

O republicano de 76 anos, candidato a um novo mandato presidencial, está sendo investigado no estado de Nova York pelo pagamento de 130 mil dólares em 2016 à atriz e diretora de filmes pornográficos Stormy Daniels.

Depois que a imprensa informou que ele pode ser o primeiro ex-presidente americano a sentar no banco dos réus, Trump afirmou em 18 de março em sua rede Truth Social que seria "detido" e levado a um tribunal em 21 de março.

Nada aconteceu até o momento, mas o país acompanha um possível indiciamento.

Em uma entrevista na segunda-feira ao canal conservador Fox News em sua residência de Mar-a-Lago, na Flórida, Trump chamou de "fraude" a investigação do procurador de Manhattan Alvin Bragg.

"Acho que é uma maneira provocar uma trapaça nas eleições. É interferência eleitoral", disse o republicano, que insiste que a eleição de 2020 foi "roubada" pelo presidente democrata Joe Biden.

"Estamos lidando com pessoas desonestas, bandidos. São pessoas, acredito, que odeiam nosso país", denunciou o bilionário.

Bragg, um democrata eleito para o cargo por votação popular, formou o grande júri em janeiro, após uma investigação sobre os 130 mil dólares pagos a Stormy Daniels há mais de sete anos.

O pagamento aconteceu semanas antes das eleições de 2016, supostamente para evitar que a atriz divulgasse um relacionamento que afirma que teve com Trump anos antes.

Trump, que governou o país de 2017 a 2021, nega a suspeita e já chamou a investigação de "caça às bruxas".

Se o pagamento não foi registrado da maneira correta, o mesmo pode ser considerado uma contravenção por falsificação contábil, mas também pode ter violado a lei de financiamento de campanha eleitoral, o que pode resultar em até quatro anos de prisão.

O grande júri do caso deve se reunir, a princípio, na quarta-feira. Se votar a favor do indiciamento, o procurador Bragg deve acatar e divulgar a acusação.

Nos dias seguintes, Trump teria então que "apresentar-se" ao tribunal de Manhattan para ser notificado da acusação por um juiz e ficaria "preso" por alguns minutos para ser fotografado e registrar as impressões digitais. Em seguida, ele deveria se declarar culpado ou inocente.

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