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Trump descarta voltar ao Twitter apesar da compra de Elon Musk

Ex-presidente foi banido da rede social em janeiro de 2021

Empresário Elon Musk e o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Nocholas Kamm, Brendan Smialowski / AFP

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descartou nesta segunda-feira (25) voltar à rede social Twitter, da qual foi banido em janeiro de 2021, apesar da anunciada compra da plataforma pelo bilionário Elon Musk.

"Não vou para o Twitter, ficarei no Truth", declarou Trump à emissora Fox News, referindo-se à plataforma Truth Social, lançada em fevereiro como uma alternativa ao Facebook, Twitter e YouTube.

"Espero que Elon compre o Twitter, porque o melhorará e é um homem bom, mas eu fico no Truth", ressaltou o ex-presidente, justificando que "o Twitter tem bots (robôs) e contas falsas".

O Twitter suspendeu em 8 de janeiro de 2021 a conta de Trump, que contava com quase 89 milhões de seguidores com os quais se comunicava diariamente, por incitar a violência e propagar notícias falsas.

Dois dias antes, milhares de apoiadores do bilionário republicano invadiram violentamente o Capitólio em Washington para tentar interromper a certificação da vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro de 2020.

Musk, o homem mais rico do mundo, chegou nesta segunda-feira a um acordo para comprar o Twitter por US$ 44 bilhões, o que lhe dará o controle de uma das redes sociais mais influentes do planeta, fundada em 2006.

A plataforma de microblogs com sede na Califórnia recebeu fortes críticas dos conservadores, que a acusaram de ser tendenciosa contra eles e de violação de seus direitos à liberdade de expressão mediante suspensões por infringir suas regras.

Legisladores têm pedido a modificação ou a anulação de uma lei de 1996, que protege as plataformas de redes sociais da responsabilidade por suas práticas de moderação de conteúdo e pelas publicações de terceiros.

Musk, cuja imensa riqueza provém da popularidade dos veículos elétricos Tesla, assim como de outras empresas, como SpaceX, se autodenomina como um "absolutista da liberdade de expressão" e se espera que adote uma abordagem menos estrita para regular conteúdos.

O grupo progressista Media Matters for America advertiu que Trump poderia voltar ao Twitter e pediu para manter os padrões atuais.

"Qualquer negociação para vender o Twitter a Musk deve incluir mecanismos exigíveis claros para defender e manter os padrões comunitários existentes, incluindo a eliminação dos que violarem estes padrões", disse o presidente do grupo, Angelo Carusone, em nota.

Mais de um milhão de usuários baixaram o aplicativo de Trump, o Truth Social, após seu lançamento, mas o interesse parece ter diminuído em meio a falhas técnicas e longos períodos de espera para acessar as contas.

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