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Trump diz que pode pegar "400 anos de prisão" por acusação de esconder documentos sigilosos

Com falsas alegações, ex-presidente dos EUA atacou atual chefe da Casa Branca, Joe Biden, e disse que crime pelo qual responde seria tão grave que só se resolveria com pena de morte

Donald TrumpDonald Trump - Foto: Doug Mills

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou que está sob ameaça de pegar "400 anos de prisão" pela acusação de guardar documentos sigilosos que retirou da Casa Branca e levou ilegalmente consigo ao deixar o poder, em janeiro 2021. Na terça (13), o ex-mandatário se declarou inocente das 37 acusações de que pôs em risco segredos de Estado e obstruiu a Justiça de recuperar os arquivos. Mais tarde, discursou a apoiadores pela primeira vez após o caso, em Nova Jersey, e disse estar sofrendo "perseguição política".

Durante o discurso, Trump afirmou que a Lei de Espionagem de 1917 — na qual 31 das acusações estão enquadradas — "não foi feita" para ex-presidentes que armazenam os documentos de sua gestão. Segundo ele, seria um crime "tão hediondo" que apenas a pena de morte "resolveria".

"E me ameaçando com 400 anos na prisão por possuir meus próprios papéis presidenciais, que quase todos os outros presidentes fizeram, é uma das teorias legais mais ultrajantes e legalmente viciadas já apresentadas em um tribunal americano. O ato de espionagem foi usado para perseguir traidores e espiões, e não tem nada a ver com um ex-presidente mantendo legalmente seus próprios documentos. Como presidente, a lei que se aplica a este caso não é o ato de espionagem" disse.

Na semana passada, o "New York Post" destacou que, caso Trump seja condenado com a punição máxima pelas 37 acusações, pode pegar até 400 anos de prisão, além de uma multa de US$ 9,25 milhões (R$ 44 milhões).

No discurso, Trump disse que tinha "todo o direito" de ficar com os documentos. Ele também acusou o presidente Joe Biden de orquestrar as acusações federais contra ele.

Com falsas acusações e fake news, o ex-mandatário disse que Biden "será para sempre lembrado não apenas como o presidente mais corrupto da história de nosso país, mas talvez ainda mais importante, o presidente que, junto com um grupo de seus bandidos mais próximos, desajustados e marxistas tentaram destruir a democracia americana".

"É um caso triste de assistir um presidente corrupto em exercício teve seu maior adversário político sob custódia por acusações falsas e fabricadas das quais ele e vários outros presidentes seriam culpados bem no meio de uma eleição presidencial em que ele está perdendo feio. Isso é chamado interferência eleitoral, mais uma tentativa de roubar uma eleição presidencial" afirmou Trump que, sem apresentar provas, questiona o resultado do pleito vencido por Joe Biden em 2020 e já coloca em dúvida o início da corrida presidencial de 2024, da qual pretende participar.

No tribunal
A audiência em que Trump ouviu as acusações contra ele durou 47 minutos, na primeira representação criminal federal contra um ex-presidente dos Estados Unidos.

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O principal candidato republicano à Presidência foi fichado e recebeu 37 acusações criminais, incluindo 31 violações da Lei de Espionagem.

Ao juiz, Trump se declarou inocente de todas as acusações e foi libertado sob fiança com a condição de que não discutiria o caso com uma lista de testemunhas.

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