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EUA

Trump e Biden fazem campanha em Nova York, cada um à sua maneira

Evento democrata aconteceu no Radio City Music Hall de Manhattan

Trump e BidenTrump e Biden - Foto: Jim Watson, Saul Loeb/AFP

O presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, compareceu na quinta-feira (28) em Nova York, ao lado dos antecessores Barack Obama e Bill Clinton a um evento de arrecadação de fundos no qual conseguiu 25 milhões de dólares para sua candidatura à reeleição.

O evento democrata aconteceu no Radio City Music Hall de Manhattan, a uma hora de distância em uma viagem de carro do local que o adversário republicano Donald Trump visitou para acompanhar o velório de um policial de Nova York morto em serviço.

Durante o evento de arrecadação de fundos de Biden, manifestantes pró-palestinos protestaram do lado de fora e várias pessoas que estavam dentro do Radio City Music Hall vaiaram e gritaram antes de serem expulsos.

A equipe de campanha de Biden anunciou antes do evento uma arrecadação "recorde" de US$ 25 milhões (R$ 125 milhões, na cotação atual) e destacou que a quantia supera o total arrecadado por Trump em fevereiro.

Os presidentes número 42, 44 e 46 da história dos Estados Unidos participaram em uma sessão de perguntas e respostas apresentada pelo comediante Stephen Colbert. Anna Wintour, editora-chefe da revista Vogue, também compareceu ao evento.

A noite, com 5.000 participantes e que teve apresentações das cantoras Lizzo e Queen Latifah, misturou temas sérios com piadas e terminou com Obama e Clinton colocando óculos escuros aviador, o acessório favorito de Biden

O canal NBC News informou que os convidados pagaram até 100.000 dólares (R$ 500.000) por uma foto com o trio de presidentes democratas.

O porta-voz de Trump, Steven Cheung, criticou, na rede social X, a diferença entre o programa de Trump e a "festa deslumbrante" dos três democratas, "com seus benfeitores elitistas e defasados".

- "Temos que parar isto" -
Mais cedo, Trump fez uma curta declaração após comparecer ao velório de Jonathan Diller, policial nova-iorquino morto a tiros na segunda-feira durante uma operação na via pública no distrito do Queens.

"Temos que parar isso, temos que voltar à lei e à ordem", disse o empresário de 77 anos, que se absteve de fazer críticas diretas ao adversário democrata.

O republicano dedica grande parte da sua retórica de campanha ao ataque à imigração ilegal e às críticas a Biden pela sua negligência em questões policiais.

A Casa Branca anunciou que o presidente Biden telefonou para o prefeito de Nova York, Eric Adams, para lhe prestar os pêsames pela "morte trágica" de Diller.

O democrata não entrou em contato com a família do policial, mas "compartilha de sua dor", declarou sua porta-voz, Karine Jean-Pierre, acrescentando que Joe Biden "sempre esteve ao lado das forças de ordem e continua estando".

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse na quarta-feira que Biden, 81 anos, é "profundamente agradecido pelos sacrifícios que os policiais fazem para manter nossas comunidades seguras".

- "Os números não mentem" -
A arrecadação de fundos para Biden, repleta de artistas, destacou a capacidade do Partido Democrata para arrecadar dinheiro.

"Os números não mentem: o evento de hoje é uma demonstração enorme de força", disse Jeffrey Katzenberg, principal arrecadador da campanha do presidente, em um comunicado.

Biden está com os cofres mais cheios que seu oponente republicano, que deve usar parte dos recursos arrecadados entre seus apoiadores para pagar as despesas legais com os vários casos abertos contra ele.

Trump se sentará novamente no banco dos réus no próximo 15 de abril, em Nova York, para responder sobre o pagamento para comprar o silêncio de uma ex-atriz pornô em 2016, com a qual teria tido um caso extraconjugal, o que ele sempre negou. Esta é uma das quatro acusações contra ele.

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