Logo Folha de Pernambuco

EUA

Trump e Kamala se reúnem em Nova York para aniversário do 11/09 após debate pungente

Os candidatos trocaram uma saudação cordial com um aperto de mãos

A vice-presidente dos EUA e candidata presidencial democrata Kamala Harris, o presidente dos EUA Joe Biden, o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg e o ex-presidente dos EUA e candidato presidencial republicano Donald TrumpA vice-presidente dos EUA e candidata presidencial democrata Kamala Harris, o presidente dos EUA Joe Biden, o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg e o ex-presidente dos EUA e candidato presidencial republicano Donald Trump - Foto: Adam Gray / AFP

Kamala Harris e Donald Trump trocaram um aperto de mãos durante a cerimônia do aniversário do 11 de Setembro, em Nova York, sob o olhar do presidente Joe Biden, após um debate em que a democrata encurralou o republicano.

Foi uma saudação cordial. Como ocorre todos os anos, os nomes das cerca de 3.000 pessoas mortas nos ataques perpetrados pelo grupo Al-Qaeda em 2001 foram lidos durante um evento em sua memória, que contou com a presença do ex-prefeito de Nova York, o milionário Michael Bloomberg.

O primeiro aperto de mãos ocorreu na noite de terça-feira, durante um debate na Filadélfia, cidade do estado da Pensilvânia, um dos seis ou sete que decidirão o resultado das eleições de 5 de novembro. Harris retornará ao estado e depois irá para a Carolina do Norte, enquanto seu rival viajará para Arizona e Nevada.

Nesta disputa pela Casa Branca, a candidata democrata conta com o apoio de Taylor Swift, cantora com milhões de seguidores que a elogiou como uma "líder talentosa e forte".

Um endosso com possíveis efeitos entre os eleitores mais jovens, que exasperou Trump.

"Eu não era fã de Taylor Swift (...) Ela é muito liberal. Parece que ela sempre apoia os democratas e provavelmente pagará por isso com suas vendas no mercado", declarou melancolicamente o republicano à rede Fox News.

Defensiva 
Na Filadélfia, Kamala e Trump debateram as principais questões que preocupam os americanos, em particular o direito ao aborto, a imigração e a economia.

A vice-presidente, de 59 anos, levou o rival, de 78 anos, ao limite. Primeiro, ela mencionou as situações angustiantes das mulheres que vivem em estados que restringiram severamente o direito ao aborto.

Depois, ela ironizou os comícios de Trump e afirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, "já estaria sentado em Kiev, olhando para o resto da Europa, começando pela Polônia" se Trump estivesse na Casa Branca.

Visivelmente irritado, o republicano acusou a democrata de ter "copiado" o programa econômico do atual presidente, Joe Biden, e de ter permitido que "milhões de pessoas" entrassem nos Estados Unidos procedentes de "prisões, instituições psiquiátricas" do exterior.

Nesta quarta-feira, Trump afirmou na Fox News que o debate foi "manipulado" contra ele. "Você vê pelo fato de que estavam corrigindo tudo, mas não a corrigiam", protestou.

No debate, Trump repetiu várias mentiras, incluindo o boato, desmentido pelas autoridades, de que os migrantes comem "animais de estimação" em uma cidade de Ohio.

Impacto 
"Talvez não mude muito as pesquisas", atualmente empatadas, a oito semanas das eleições, disse Julian Zelizer, professor da Universidade de Princeton. "Mas ela o empurrou para o tipo de discurso que ilustra o caos que ele trouxe para o cenário político".

Durante décadas, os debates permitiam que um candidato se distinguisse do seu rival, mas não afetaram consideravelmente a campanha.

Mas o cenário mudou em junho, quando o péssimo desempenho do presidente Biden precipitou sua desistência da reeleição, anunciada em 21 de julho, quando passou o bastão para sua vice-presidente, em uma das grandes mudanças da história política americana contemporânea.

Um novo debate não está descartado, já que a candidata democrata desafiou o seu rival republicano para debater pela segunda vez.

Um debate entre os candidatos à vice-presidência, o democrata Tim Walz e o republicano JD Vance, está programado para 1º de outubro em Nova York.

Veja também

Argentina rejeita ordem de prisão do TPI porque 'ignora' direito de defesa de Israel
POSICIONAMENTO

Argentina rejeita ordem de prisão do TPI porque 'ignora' direito de defesa de Israel

Coroação do rei Charles III custou R$ 528 milhões ao Reino Unido
FAMÍLIA REAL

Coroação do rei Charles III custou R$ 528 milhões ao Reino Unido

Newsletter