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Trump quer retomar contato com o líder norte-coreano Kim Jong-un

Há uma semana, o secretário de Estado, Marco Rubio, chamou Kim de 'ditador'

No primeiro mandato, Trump teve encontros com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un No primeiro mandato, Trump teve encontros com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un  - Foto: Saul Loeb/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem a intenção de retomar o contato com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, com quem se reuniu três vezes durante seu primeiro mandato, segundo uma entrevista divulgada nessa quinta-feira, em que Trump definiu o colega asiático como "um cara inteligente".

"Ele gostou de mim", afirmou Trump à rede conservadora Fox News, sobre a rara relação diplomática que manteve com Kim durante sua primeira administração (2017-2021), que, no entanto, não conseguiu avançar nas questões relacionadas ao seu programa nuclear.

Quando o apresentador Sean Hannity perguntou se ele voltaria a "estender a mão" ao líder norte-coreano, Trump respondeu: "Sim, farei isso. Kim Jong-un é um cara inteligente", concluiu o mandatário.

 

A Coreia do Norte justificou repetidamente seu programa de armas nucleares como uma medida para contrabalançar as ameaças dos Estados Unidos e seus aliados, incluindo a Coreia do Sul, com a qual tecnicamente ainda está em guerra, após o conflito no início da década de 1950.

O país, isolado e empobrecido, que realizou múltiplos testes nucleares e dispara mísseis de teste regularmente, também gosta de exibir seu programa nuclear como uma demonstração de prestígio.

Nesse contexto, Trump, o primeiro presidente em exercício dos Estados Unidos a se reunir com um membro da dinastia que governa a Coreia do Norte, manteve durante seu primeiro mandato um extenso intercâmbio de cartas com Kim.

Eles se encontraram pela primeira vez em uma cúpula histórica, em junho de 2018 em Cingapura; a segunda em Hanói, em fevereiro de 2019 - que terminou abruptamente - e a última na fronteira entre as duas Coreias, em junho de 2019.

Washington e Pyongyang realizaram suas últimas conversas sobre desnuclearização em Estocolmo, em outubro de 2019, mas sem qualquer avanço.

Uma semana atrás, quando ainda não havia sido confirmado como secretário de Estado de Trump, o republicano Marco Rubio chamou Kim de "ditador" e disse que os Estados Unidos fariam de tudo para evitar uma crise com o país.

Segundo Rubio, o líder norte-coreano "vê as armas nucleares como seu seguro para se manter no poder."

No entanto, o novo chefe da diplomacia dos Estados Unidos elogiou a abordagem de Trump durante seu primeiro mandato, admitindo que ele mesmo era "muito cético" naquele momento.

Durante a campanha presidencial, Trump disse que Kim "adoraria" vê-lo retornar à Casa Branca e que se dava bem com ele.

Kim "me conta tudo", se vangloriou diante do jornalista americano Bob Woodward, para seu livro "Rage", lançado em 2021.

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