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EUA

Trump sugere que irá declarar estado de emergência e usar recursos militares para deportar migrantes

Desde que venceu as eleições presidenciais, o republicano tem tomado medidas para implementar deportações em massa de migrantes, a quem acusa de "envenenar o sangue" e 'infectar" o país

Presidente eleito dos EUA, Donald Trump Presidente eleito dos EUA, Donald Trump  - Foto: Andrew CABALLERO-REYNOLDS / AFP

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta segunda-feira que pretende declarar estado de emergência nacional e usar as Forças Armadas para realizar uma deportação em massa de migrantes.

"Boas notícias: segundo alguns relatos, a próxima administração de Donald Trump está pronta para declarar estado de emergência nacional e usar recursos militares para combater a invasão (permitida pelo presidente Joe) Biden por meio de um programa de expulsões em massa", escreveu Tom Fitton, diretor da organização conservadora Judicial Watch, na plataforma Truth Social, rede social do republicano.

O magnata, que assumirá o cargo em 20 de janeiro, respondeu à mensagem com um "É verdade!".

A Guarda Nacional é uma força militar sob o comando do governador de cada estado e pode ser convocada para a proteção do país em casos de conflito ou desastre. Em abril, Trump declarou que essa força "deveria ser capaz" de realizar as expulsões de migrantes em situação irregular. "Se não for, usarei o exército", referindo-se às tropas federais, disse ele à revista Time.

Desde sua vitória contundente nas eleições presidenciais de 5 de novembro, o republicano de 78 anos tem tomado medidas para implementar deportações em massa de migrantes, a quem acusa de envenenar "o sangue" dos Estados Unidos, "infectar" o país, comer animais de estimação, além de serem "assassinos" e "selvagens", entre outros termos desdenhosos e extremos.

Nos últimos dias, ele nomeou Tom Homan como "czar da fronteira". Ele não especificou em que consistirá o trabalho deste ex-diretor da agência de controle de imigração (ICE) durante seu primeiro mandato, mas o título do cargo é autoexplicativo. Homan é conhecido por sua posição linha-dura em relação à imigração. Entre 2017 e 2018, ele supervisionou uma política que resultou na separação de 4.000 crianças migrantes de seus pais.

O presidente eleito reforçou essa nomeação com outros dois nomes de perfil rígido: Kristi Noem à frente do Departamento de Segurança Interna, responsável pela proteção das fronteiras, alfândega e gestão da imigração, e Mike Waltz como conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca. Organizações de defesa dos direitos humanos estão preocupadas com o destino dos mais de 11 milhões de migrantes em situação irregular nos Estados Unidos.

Muitos economistas também alertaram que uma deportação em massa teria um custo exorbitante e causaria um impacto devastador na economia americana, que já enfrenta escassez de mão de obra.

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