Turismo peruano perde mais de US$ 6,2 milhões por dia desde 2022
O ministro não especificou se houve um aumento nas perdas diárias desde 7 de dezembro
O setor do turismo peruano perdeu 6,2 milhões de dólares por dia devido à crise política dos últimos meses, agravada em dezembro, com a destituição do presidente Pedro Castillo e os protestos que se seguiram em janeiro, informou o ministro do Comércio e Turismo.
O prejuízo que o ministério contabilizou de junho de 2022 a 22 de janeiro "chega a 25 milhões de soles diários (US$ 6,2 milhões) apenas no setor do turismo", afirmou Luis Fernando Helguero.
O ministro não especificou se houve um aumento nas perdas diárias desde 7 de dezembro, quando o afastamento do então presidente Castillo e a sua substituição pela vice, Dina Boluarte, desencadearam uma onda de protestos e violência em todo o país.
A cidade de Cusco, parada obrigatória para chegar a Machu Picchu, está deserta, com hotéis e restaurantes fechados ou abertos poucas horas por dia, afetados pela falta de combustível e de alguns alimentos devido aos bloqueios em estradas em nível nacional. Turistas nacionais e estrangeiros ficaram retidos por dias na região de Machu Picchu.
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Segundo o ministro, seu setor tentou dialogar com os manifestantes, mas nenhum possível interlocutor aceitou. O governo peruano tem vários anúncios publicitários prontos para promover o turismo no país, "mas eles não podem ser enviados para o exterior se ainda temos situações difíceis".
Os manifestantes, que o governo acusa de responder a ideologias radicais, atacaram ou tentaram atacar os aeroportos de Ayacucho, Juliana, Abancay, Arequipa e Cusco, todos no sul andino, em regiões de maioria indígena pobres e com problemas históricos de discriminação e desigualdade.