Turistas ignoram tragédia no Havaí, vão à praia e causam revolta
Os incêndios florestais estão entre os mais mortais do século XXI
Depois que incêndios florestais devastaram partes da ilha havaiana de Maui, um dos destinos turísticos mais populares dos Estados Unidos, as autoridades alertaram os visitantes para ficarem longe do local. No entanto, milhares permaneceram e outros continuaram a viajar para a região, causando irritação aos moradores que sofreram com a tragédia.
Nas redes sociais, uma moradora da ilha de Maui desabafou a falta de sensibilidade de turistas que estão frequentando praias no Havaí para curtir as férias. Em um vídeo, que acumula mais de 290 mil visualizações, publicado no perfil KayafromHawaii, a influenciadora se mostra indignada com as pessoas que têm ignorado alertas de segurança e aproveitando praias e passeios no mar.
As imagens mostram um navio com um grupo seguindo por trilhas que dão acesso a praias mais reservadas. "Apenas imagine, cerca de 100 pessoas mortas ou mais. Milhares de locais e havaianos perderam absolutamente tudo e mais de mil ainda estão desaparecidos" informa. Ela ainda compartilha registros de carros de turistas que congestionam estradas utilizadas pelos moradores para levar suprimentos aos atingidos pelas chamas.
Após a divulgação das imagens, a empresa Maui Snorkeling publicou um comunicado sobre um passeio realizado no dia 11 de agosto, que se refere "a uma enxurrada de perguntas da imprensa a respeito de um impreciso post" e afirma que o tour aconteceu a mais de 17,7 km de Lahaina.
Leia também
• Biden viajará ao Havaí, onde incêndios provocam mais de 100 mortes
• Incêndio no Havaí: alerta de nova tempestade pode atrapalhar buscas; há mais de cem mortos
• Havaí tem mais de 100 mortos em incêndio e número pode "dobrar", dizem autoridades
"Não queremos aumentar o sofrimento daqueles que já perderam tanto. Por isso, vamos suspender nossas operações por enquanto", concluiu ainda a equipe.
Fotografada na praia no último fim de semana, ao lado do marido e de seu bebê, a empresária Paris Hilton gerou revolta em parte da comunidade local. Fontes próximas a ela teriam alegado ao The New York Post que Paris estaria ajudando os moradores durante suas férias, hospedada em uma mansão a cerca de 48 km de Lahaina, em Wailea, uma comunidade fechada de luxo, segundo a BBC.
Além do apelo dos havaianos, entre eles o ator Jason Momoa, de 44 anos, as companhias americanas têm baixados preços para facilitar a evacuação da ilha e não garantir boas ofertas para futuros visitantes, evitando sobrecarregar a infraestrutura local e os esforços de auxílio à comunidade.
"Maui não é o lugar para ter suas férias agora. Não viaje para Maui. Não se convença de que sua presença é necessária em uma ilha que está sofrendo tão profundamente. Obrigado a todos que doaram e mostraram compaixão pela comunidade neste momento de necessidade.", escreveu Momoa em um post em seu Instagram no fim de semana.