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GUERRA

Ucrânia afirma ter destruído depósito de armas norte-coreanas na Rússia

Ataque com drones ocorreu em Bryansk, na fronteira entre os dois países

Cães-robôs são usados por soldados ucranianos em guerra contra a RússiaCães-robôs são usados por soldados ucranianos em guerra contra a Rússia - Foto: GenyaSavilov / AFP

A Ucrânia afirmou ter atacado um depósito de armas na região russa de Bryansk, que armazenaria foguetes e bombas enviadas pela Coreia do Norte a Moscou. Apesar de oficialmente a Rússia não admitir, o volume de armamentos importados de Pyongyang tem aumentado nos últimos dois anos, e a relação entre os países se fortalecido.

Segundo o comando militar ucraniano, no local havia munição de artilharia, mísseis e bombas "planadoras", mas não há detalhes sobre a extensão dos estragos. Alguns itens, afirmam os ucranianos, estavam guardados ao ar livre.

Uma agência independente de notícias russa, a Astra, disse que os moradores relataram "explosões contínuas" por pelo menos uma hora nos arredores da base. Vídeos publicados em redes sociais mostram alguns dos impactos e um incêndio de grande porte.

Os militares russos não comentaram as alegações ucranianas, mas afirmaram que 47 drones vindos do país vizinho foram abatidos ao longo da noite, sendo que metade na região de Bryansk. Outro local de atividade das aeronaves não tripuladas foi o Mar de Azov, perto da costa da Crimeia.

Oficialmente, Rússia e Coreia do Norte não mantêm qualquer tipo de comércio armamentista, mas agências de inteligência apontam para uma crescente movimentação de munições, mísseis e bombas através da fronteira entre os dois países a partir de 2022, com uma intensificação desse volume a partir de setembro de 2023, quando Kim Jong-un, líder norte-coreano, foi à Rússia.

Em junho, o presidente russo, Vladimir Putin, foi à Coreia do Norte, onde firmou acordos de segurança. Análises de ataques em solo ucraniano mostram que as armas norte-coreanas já estão em uso.

Bases na fronteira são atacadas com frequência pelos ucranianos, mas as lideranças em Kiev querem o aval do Ocidente para usar armas avançadas contra posições russas mais distantes, responsáveis pelos bombardeios que atingem toda a Ucrânia. Contudo, países como os EUA relutam, alegando que essa autorização pode ser interpretada por Moscou como a entrada de fato da Otan na guerra.

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