Ucrânia assume autoria de atentado que matou político pró-Rússia
Oleg Popov, ex-deputado no Parlamento regional pró-Kremlin, morreu após a explosão de um 'dispositivo não identificado', segundo investigadores
A Ucrânia assumiu ter orquestrado o assassinato de Illia Kyva, político ucraniano pró-Rússia, que foi assassinado em Luhansk, no leste da Ucrânia, alvo de um ataque com carro-bomba nesta quarta-feira. De acordo com investigadores russos, Oleg Popov, ex-deputado no parlamento regional pró-Kremlin, morreu após a explosão de um “dispositivo não identificado” em seu carro.
“No centro de Luhansk, terroristas explodiram um carro”, escreveu no Telegram Vladimir Rogov, um político pró-Rússia. Inicialmente, ele havia afirmado que o ex-deputado ficou ferido na explosão. Apesar de ser reconhecida como parte da Ucrânia, desde 2014 a região de Luhansk está sob controle de separatistas apoiados por Moscou.
Também nesta quarta-feira, um político ucraniano pró-Rússia foi encontrado morto perto de Moscou, e uma fonte do setor da Defesa ucraniana assumiu a responsabilidade pelo seu assassinato. Segundo agências de notícias russas, o corpo de Illia Kyva, de 46 anos, foi encontrado com “um ferimento na cabeça” no distrito de Odintsovo.
Nesta segunda-feira, o governador da região russa de Voronezh, Alexander Gusev, afirmou que um general russo de alto escalão também morreu ao pisar em uma mina na Ucrânia. Em comunicado publicado no Telegram, ele escreveu que o subcomandante do 14º corpo do Exército Vladimir Zavadsky, de 45 anos, morreu “no cumprimento do dever” enquanto estava “em um posto de combate”.
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Embora a morte tenha sido confirmada apenas nesta segunda, o caso teria ocorrido, segundo a AFP, em 28 de novembro. No texto, Gusev acrescentou que está “convencido de que o nome de Vladimir Zavadsky, um oficial valente, um verdadeiro general e homem digno, permanecerá sempre nos anais da glória” da Rússia. “Ele deu exemplo de dedicação ao dever, como atestam suas muitas condecorações”, continuou.
De acordo com a BBC, este é pelo menos o sétimo general russo morto desde que a guerra na Ucrânia teve início, em fevereiro de 2022. Quatro delas, segundo a publicação, ocorreram nos primeiros quatro meses da guerra, e duas outras haviam sido confirmadas neste ano. Em todos os casos, o Ministério da Defesa da Rússia não comentou as baixas, mesmo quando parentes próximos falaram publicamente sobre elas.
Nesta segunda-feira, o Ministério da Defesa britânico publicou nas redes sociais que, entre 24 de fevereiro de 2022 e novembro de 2022, “é provável que as forças oficiais do Ministério da Defesa russo tenham tido entre 180 mil e 240 mil feridos, e aproximadamente 50 mil mortos”. O órgão acrescentou que “mercenários do Grupo Wagner provavelmente tiveram cerca de 40 mil feridos e 20 mil mortos”.
A publicação também enfatizou que “mesmo entre os funcionários russos, provavelmente há um baixo nível de compreensão sobre o total de vítimas, devido a uma cultura de relatórios desonestos estabelecida há muito tempo dentro do meio militar”.