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Guerra na Ucrânia

Ucrânia diz que Rússia 'sequestrou' 2 funcionários de usina nuclear

Empresa Enerhoatom emitiu um comunicado em suas redes sociais informando o desapericimento de um diretor e subdiretor

Usina nuclear em Kiev, na UcrâniaUsina nuclear em Kiev, na Ucrânia - Foto: Satellite image 2022 Maxar Technologies/AFP

A agência estatal de energia nuclear da Ucrânia acusou, nesta terça-feira (18), a Rússia de deter dois altos funcionários da central de Zaporizhzhia, uma usina controlada pelos russos no sul da Ucrânia.

Em um comunicado nas redes sociais, a Enerhoatom indicou que as forças russas "sequestraram" na segunda-feira o diretor da divisão de tecnologia de informação, Oleh Kostyukov, e o subdiretor geral Oleh Oshek, que "foram levados para um destino desconhecido".

A Enerhoatom pediu ao diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o argentino Rafael Grossi, que fizesse "todos os esforços" para garantir a libertação de ambos.

As tropas russas assumiram o controle da central nuclear de Zaporizhzhia no início de março, nos primeiros dias da invasão da Ucrânia, que, por sua vez, acusou Moscou de capturar diversos funcionários da usina.

Na semana passada, a Enerhoatom disse que as tropas russas haviam "sequestrado" e submetido a maus-tratos Valeri Martiniuk, diretor-geral adjunto de Recursos Humanos da central.

Em um comunicado emitido na noite desta terça, a AIEA, que dispõe de especialistas no local, informou que Martiniuk havia sido "libertado". Grossi "comemorou" a notícia, mas lamentou a detenção de dois novos funcionários.

No fim de setembro, a agência também afirmou que a Rússia havia detido o principal responsável da usina, Ihor Murashov, antes de libertá-lo em 3 de outubro.

O complexo energético de Zaporizhzhia, a maior instalação nuclear da Europa, fica em uma província (oblast) controlada por Moscou, que afirma tê-la anexado ao seu próprio território, juntamente com outras três áreas pertencentes à Ucrânia: Donetsk, Luhansk e Kherson.

Há meses, Moscou e Kiev se acusam mutuamente de bombardear as instalações da central atômica, gerando temores de um possível desastre nuclear.

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