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Crise Internacional

Ucrânia: EUA não veem 'retirada significativa' de tropas russas

Rússia anunciou, nesta terça-feira (15), a retirada parcial dos mais de 100 mil soldados posicionados nas fronteiras ucranianas

Chefe da diplomacia americana, Antony BlinkenChefe da diplomacia americana, Antony Blinken - Foto: Evelyn Hockstein / POOL / AFP

Washington não viu "uma retirada significativa" das tropas russas da fronteira com a Ucrânia, apesar dos anúncios de Moscou, disse nesta quarta-feira (16) o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken.

A ameaça da Rússia "está aí, é real", declarou ao canal ABC. "O que estamos vendo não é uma retirada significativa. Pelo contrário, seguimos vendo forças, em particular forças que seriam a vanguarda de uma possível nova agressão contra a Ucrânia, que continuam na fronteira”, afirmou.

"Não vimos uma retirada. Gostaríamos de ver. Se virmos, vamos comemorar", insistiu o secretário de Estado.

Blinken reafirmou que o presidente russo, Vladimir Putin, "tem a capacidade de agir a qualquer momento. Ele pode puxar o gatilho, pode fazê-lo hoje, pode fazê-lo amanhã, pode fazê-lo na próxima semana".

Desde terça-feira (15) , a Rússia alega ter ordenado a retirada parcial dos mais de 100 mil soldados destacados nas fronteiras ucranianas. No entanto, os países ocidentais receberam esses sinais com cautela.

Blinken estará entre quinta-feira e o fim de semana na Conferência de Segurança em Munique, na Alemanha, para discutir com aliados dos Estados Unidos sobre uma possível invasão russa à Ucrânia, informou o Departamento de Estado.

A Alemanha anunciou um pouco antes que os ministros das Relações Exteriores dos países do G7, incluindo os EUA, realizariam uma reunião no sábado sobre a crise na Ucrânia à margem desta conferência.

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, também estará presente neste encontro anual, assim como o chanceler alemão, Olaf Scholz.

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