Logo Folha de Pernambuco

GUERRA NA UCRÂNIA

Ucrânia prevê uma contraofensiva "longa e difícil"

Houve poucos avanços na operação lançada por Kiev no início de junho para reconquistar os territórios ocupados por Moscou no sul e no leste

Volodimir ZelenskyVolodimir Zelensky - Foto: Handout / Ukrainian Presidential Press Service / AFP

A Ucrânia confirmou nesta quarta-feira (19) a previsão de que sua contraofensiva lançada para recuperar os territórios ocupados pela Rússia será "longa e difícil", e também insistiu na necessidade de adquirir novos tanques ocidentais e caças F-16.

Houve poucos avanços na operação lançada por Kiev no início de junho para reconquistar os territórios ocupados por Moscou no sul e no leste.

"Sem dúvida nenhuma, esta operação será muito difícil, longa e levará muito tempo", declarou o assessor da presidência ucraniana, Mykhailo Podolyak, à AFP.

De acordo com Podolyak, o principal problema das forças ucranianas é "a profundidade dos campos minados", construídos por meses pelo exército russo e com medidas de "quatro a dezesseis quilômetros".

As tropas ucranianas também sofrem de "problemas de abastecimento de armas", admitiu o assessor, apesar dos esforços feitos pelos aliados de Kiev.

"Os complexos militares e industriais (ocidentais) não estavam preparados para este tipo de guerra", opinou.

O assessor do presidente ucraniano - Volodimir Zelensky - também disse que a Ucrânia precisa de "200 a 300 veículos blindados a mais, principalmente tanques", "60 a 80 jatos F-16" e "5 a 10 sistemas de defesa aérea adicionais", sejam eles Patriots americanos ou seu equivalente francês, SAMP/T.

"Precisamos de projéteis", destacou Podolyak, ao detalhar que as forças ucranianas usam entre "4.500 e 6.000 projéteis de alto calibre por dia".

"Temos que ser capazes de usar 150 a 200 mísseis de longo alcance por mês", até mesmo "300 ou 400", insistiu.

Ele descartou qualquer negociação com a Rússia, cujo objetivo, segundo o assessor, é "destruir" a Ucrânia e recuperar o "controle total" dos países da antiga URSS.

"Para nós, não existe compromisso possível porque a Rússia nos odeia, veio para destruir o próprio conceito de um Estado ucraniano", declarou Podolyak.

Veja também

Presidência da COP29 sugere que países ricos paguem US$ 250 bi anuais para financiamento climático
clima

Presidência da COP29 sugere que países ricos paguem US$ 250 bi anuais para financiamento climático

Você se sente cansado? Conheça 6 estratégias para combater a fadiga através da alimentação
SAÚDE

Você se sente cansado? Conheça 6 estratégias para combater a fadiga através da alimentação

Newsletter