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Conflito

Ucrânia rompe relações com Coreia do Norte após reconhecimento de separatistas

Reconhecimento das repúblicas de Donestsk e Lugnask ocorreu após o da Síria, ocorrido no mês passado

Dmytro Kuleba, ministro ucraniano das Relações ExterioresDmytro Kuleba, ministro ucraniano das Relações Exteriores - Foto: Reprodução / Twitter

Kiev anunciou, nesta quarta-feira (13), que rompeu relações diplomáticas com a Coreia do Norte, depois que Pyongyang confirmou o reconhecimento de dois territórios separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.

O reconhecimento norte-coreano das autoproclamadas "repúblicas populares" de Donetsk e Lugansk ocorreu depois que a Síria, também aliada da Rússia, fez o mesmo, no mês passado. Diante disso, a chancelaria da Ucrânia denunciou a decisão norte-coreana de reconhecer os territórios que, segundo Kiev, estão "temporariamente ocupados pela Rússia".

"Em resposta, a Ucrânia anuncia que rompe relações diplomáticas com a República Popular Democrática da Coreia", assinala o comunicado. "A Rússia já não possui aliados no mundo, com exceção de países que dependem dela financeira e politicamente", declarou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba.

A agência de notícias estatal da Coreia do Norte KCNA informou na manhã desta quinta-feira que o país "decidiu reconhecer a independência da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk, e expressou sua vontade de desenvolver relações de Estado para Estado com esses países".

As representações diplomáticas dos separatistas de Donetsk e Lugansk em Moscou divulgaram no aplicativo Telegram fotos de seus representantes recebendo uma suposta carta de reconhecimento das mãos do embaixador norte-coreano, Sin Hong Chol.

Pouco antes, o líder do território separatista de Donetsk, Denis Pushilin, havia anunciado esse reconhecimento. "O status internacional da República Popular de Donetsk continua sendo reforçado. É uma nova vitória para a nossa diplomacia", disse à AFP.

A Rússia justificou sua ofensiva militar contra a Ucrânia alegando que era necessário defender esses territórios separatistas, localizados no leste ucraniano.

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