UE buscará 'abordagem coordenada' frente a onda de Covid na China
Comissão Europeia se preocupa com explosão de casos de Covid-19 na China, demonstrada em levantamento da política de "Covid zero"
A Comissão Europeia convocou para esta quinta-feira (29) uma reunião com o objetivo de "discutir (...) possíveis medidas para uma abordagem coordenada" dos países da União Europeia diante da explosão de casos de Covid-19 na China.
"Levando em conta a situação pandêmica na China", o Executivo europeu reunirá nesta quinta-feira de manhã um comité com representantes dos 27 ministérios da Saúde, disse, nesta quarta (28), à AFP uma porta-voz da Comissão.
O objetivo é "discutir com os Estados-membros e as agências europeias (de Saúde) da UE possíveis medidas para uma abordagem coordenada", disse.
Leia também
• EUA exigirá teste de Covid negativo para passageiros vindos da China
• Na China, médicos contaminados ocupam linha de frente no tratamento de pacientes com Covid-19
• Governo dos EUA cogita restringir entrada de viajantes procedentes da China por Covid-19
Após o levantamento abrupto este mês da política de "Covid zero" na China, que tem causado uma onda significativa de infecções no gigante asiático, vários países manifestaram preocupação e alguns, como Itália, Estados Unidos, Japão ou Índia, decidiram impor testes de covid a viajantes provenientes da China.
Espera-se que a Comissão Europeia, braço executivo da UE, trabalhe para evitar que os países-membros do bloco adotem sozinhos restrições nas suas fronteiras sem consultar os outros integrantes, como aconteceu no início da pandemia, em 2020.
No início de dezembro, por recomendação da Comissão, os 27 concordaram em remover todas as restrições de entrada na UE para viajantes de outros países e retornar à situação pré-pandêmica.
"A variante BF.7 Ômicron, que prevalece na China, já está presente na Europa e não teve um aumento significativo. No entanto, continuamos vigilantes e prontos para usar o 'freio de emergência' - ou seja, medidas restritivas 'de maneira coordenada' - se necessário", concluiu a porta-voz.