UE convida diplomatas de Israel e de países árabes para falar sobre Oriente Médio
Estas conversas se concentrarão na situação humanitária em Gaza e na Cisjordânia, na libertação de reféns detidos
Os ministros das Relações Exteriores da UE convidaram os seus homólogos de Israel e de vários países árabes, incluindo a Autoridade Palestina, na próxima segunda-feira (22) para conversas "informais" sobre a situação no Oriente Médio, informou o Conselho Europeu nesta sexta-feira (19).
De acordo com a agenda, os ministros europeus terão "conversas informais" com o chefe da diplomacia israelense, Israel Katz, e os seus homólogos Faisal Bin Farhan Al Saud (Arábia Saudita), Ayman Safadi (Jordânia) e Sameh Shoukry (Egito).
O secretário-geral da Liga Árabe, o egípcio Ahmed Aboul Gheit, e o chefe da diplomacia da Autoridade Palestina, Riad al Maliki, também foram convidados a participar dessas negociações.
Estas conversas se concentrarão na situação humanitária em Gaza e na Cisjordânia, na libertação de reféns detidos pelo grupo islamista Hamas e no risco de expansão do conflito a toda a região.
"Os ministros também refletirão sobre (...) um possível plano de paz e uma conferência de paz, assim como a necessidade de medidas concretas para relançar a solução de dois Estados", observou o Conselho Europeu.
Leia também
• México e Chile pedem ao TPI que investigue crimes de guerra no conflito Israel-Hamas
• UE adotará avaliações contra o Hamas na segunda-feira (21), anuncia França
• Hamas relata ao menos 24.620 mortos em Gaza desde o início da guerra com Israel
No entanto, o tema central da agenda da reunião de ministros europeus será a situação na Ucrânia, e o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, se juntará a esta discussão por videoconferência.
Os diplomatas europeus pretendem abordar os compromissos de segurança e o apoio militar à Ucrânia, o uso de bens russos congelados na UE e a "fórmula ucraniana" para um eventual entendimento de paz com a Rússia.
Em uma cúpula realizada em dezembro, a UE anunciou a sua decisão de abrir negociações formais para a adesão da Ucrânia ao bloco, mas não alcançou o consenso necessário para autorizar um plano de ajuda financeira a Kiev no valor de 50 bilhões de euros (cerca de 54 bilhões de dólares ou 266 bilhões de reais na cotação atual).