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Guerra na Ucrânia

UE denuncia 'crimes de guerra' cometidos pela Rússia na Ucrânia

Rússia recebe acusações de graves violações do direito humanitário e crimes de guerra

O chefe de política externa da União Europeia, Josep BorrellO chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell - Foto: Frederick Florin / AFP

A União Europeia (UE) condenou, nesta quinta-feira (17), as "graves violações do direito humanitário" e os "crimes de guerra" cometidos pela Rússia na Ucrânia, e afirmou que os dirigentes russos terão que prestar contas por esses atos.

"A UE condena nos termos mais enérgicos as Forças Armadas russas e seus líderes, que continuam atacando a população civil e as infraestruturas ucranianas", afirmou o alto representante para a política externa da UE, Josep Borrell, em comunicado.

O teatro da cidade ucraniana de Mariupol (sudeste) "foi fortemente bombardeado na quarta-feira, mesmo servindo de refúgio, bem conhecido e claramente identificado, para os civis, incluídas as crianças", denunciou Borrell.

Além disso, segundo a ONG Human Rights Watch, as forças russas lançaram três ataques distintos contra a cidade de Mykolaiv, lembra a nota.

"Esses ataques deliberados contra civis e infraestruturas civis são vergonhosos, reprováveis e totalmente inaceitáveis. Constituem graves violações do direito internacional humanitário", disse Borrell, que responsabilizou o governo russo por tais "atos de agressão militar e de toda a destruição e mortes que provocam".

"Os autores dessas graves violações e crimes de guerra, assim como os dirigentes governamentais e chefes militares, terão que prestar contas", advertiu.

O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, anunciou no dia 2 de março a abertura de uma investigação sobre supostos crimes de guerra cometidos na Ucrânia.

Por sua vez, o presidente americano, Joe Biden, chamou ontem o seu homólogo russo, Vladimir Putin, de "criminoso de guerra".

"Visar intencionalmente os civis como alvo é um crime de guerra", disse nesta quinta-feira(17) o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

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