UE escolhe consórcio SpaceRise para desenvolver constelação de satélites Iris
O projeto entrou em sua fase final
A Comissão Europeia anunciou, nesta quinta-feira (31), que escolheu o consórcio SpaceRISE (Eutelsat-Hispasat-SES) para desenvolver a constelação europeia de satélites de comunicações seguras Iris².
O projeto entrou, assim, em sua fase final, com a assinatura prevista para antes de 20 de dezembro e a entrada em operação em 2030, informou em comunicado a Comissão, braço executivo da União Europeia (UE).
O projeto Iris² inclui uma rede de 290 satélites multiorbitais. Ele sucede os programas Galileo (de posicionamento por satélite) e Copérnico (de monitoramento climático).
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De acordo com a licitação lançada em março de 2023, o objetivo principal do Iris² é fornecer aos 27 Estados-membros da UE "um acesso garantido a serviços de conectividade altamente seguros, soberanos e globais".
Entre esses objetivos estão "a proteção de infraestruturas críticas, a vigilância e o apoio à ação externa ou à gestão de crises, bem como aplicações militares".
O Iris² também se propõe a melhorar o desenvolvimento da banda larga de alta velocidade em escala global e garantir uma conectividade sem falhas em "zonas mortas" de comunicação.
O consórcio é liderado pela francesa Eutelsat, pela espanhola Hispasat e pela luxemburguesa SES. Outros parceiros incluem Thales, OHB, Airbus Defence and Space, Telespazio, Deutsche Telekom, Orange e Hisdesat.
O custo estimado do Iris² é de 6 bilhões de euros (R$ 37,6 bilhões), dos quais 2,4 bilhões (R$ 15 bilhões) virão do orçamento da UE e 750 milhões (R$ 4,7 bilhões) da Agência Espacial Europeia; o restante deverá vir do setor privado.
O SpaceRISE expressou sua satisfação por ter sido selecionado para "desenhar, implementar e operar" esse "programa ambicioso e inovador" durante um período de doze anos.
"Essa seleção marca um passo crucial no desenvolvimento de infraestruturas de comunicações seguras, resilientes e soberanas na Europa", acrescentou.
A Eutelsat estima o mercado ultracompetitivo de conectividade espacial de alta velocidade em 16 bilhões de dólares (R$ 92,4 bilhões) até 2030, especialmente útil para fornecer serviços a regiões isoladas sem fibra óptica.
A americana SpaceX, de Elon Musk, tomou a dianteira com a Starlink, um dos principais fornecedores de Internet via satélite do mundo.
No início de 2024, a Starlink afirmava já ter colocado em órbita mais de 6 mil satélites e ter 2,6 milhões de clientes, além de anunciar o objetivo de lançar um total de cerca de 30 mil satélites.