UE inspecionou instalações da Red Bull por suspeita de práticas anticompetitivas
Inspeção foi motivada pelo temor de violação das regras sobre formação de cartel e abuso de posição dominante
As instalações de produção do grupo austríaco de bebidas energéticas Red Bull na União Europeia (UE) foram sujeitas a inspeções não anunciadas na segunda-feira (20), devido a aparentes suspeitas de práticas anticoncorrenciais.
Uma fonte da empresa disse à AFP que, "na segunda-feira, funcionários da Comissão Europeia visitaram nossas instalações". A empresa — acrescentou a mesma fonte — deixou clara sua determinação de "cooperar em todos os assuntos".
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Pouco antes, a Comissão — braço Executivo da UE — havia anunciado inspeções de uma empresa não identificada em vários países do bloco, embora não tenha especificado onde essas operações foram realizadas.
Em nota, a Comissão indicou que as inspeções foram motivadas pelo temor de violação "das regras sobre formação de cartel e abuso de posição dominante".
A investigação "constitui uma etapa preliminar em uma investigação sobre supostas práticas anticompetitivas", explicou a Comissão, sem dar mais detalhes.
Após a morte de seu fundador, o austríaco Dietrich Mateschitz, em outubro, aos 78 anos, a empresa Red Bull já nomeou três executivos para dirigir a empresa.
Mateschitz criou a bebida em 1984 e fez da Red Bull uma das joias da indústria agroalimentar austríaca, apoiada em um agressivo marketing esportivo. Dessa forma, o empresário se tornou o homem mais rico de seu país.
Seu filho, Mark Mateschitz, agora possui 49% da Red Bull, e a família Yoovidhya, da Tailândia, o restante.
Com sede em Fuschl am See, no oeste da Áustria, a empresa emprega atualmente quase 16.000 pessoas em todo o mundo e vendeu mais de 11,58 bilhões de latas de bebidas em 2022.