UE lamenta decisão da Venezuela de reduzir embaixadas de três países europeus
O governo do presidente Nicolás Maduro justificou a medida pelo "comportamento hostil" desses três países após sua questionável reeleição para um novo mandato
A União Europeia lamentou "profundamente" nesta quarta-feira (15), a decisão da Venezuela de limitar drasticamente o tamanho das embaixadas da França, Itália e Países Baixos, e pediu que Caracas reverta a ordem.
"A União Europeia lamenta profundamente e rejeita a decisão das autoridades venezuelanas; a UE insta que esta ação unilateral e inaceitável seja imediatamente revertida", disse o bloco em um breve comunicado oficial.
O gesto do governo serve apenas para "aprofundar o isolamento internacional da Venezuela e prejudicar as relações bilaterais com a UE e seus Estados-membros", disse o comunicado.
O governo do presidente Nicolás Maduro justificou a medida pelo "comportamento hostil" desses três países após sua questionável reeleição para um novo mandato.
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Segundo a ordem, França, Itália e Países Baixos poderão manter apenas três diplomatas em suas embaixadas em Caracas, e isso deve ser feito em um "prazo de 48 horas" a partir de terça-feira.
"Os diplomatas precisarão de autorização por escrito do nosso Ministério das Relações Exteriores para se deslocar a mais de 40 quilômetros da Praça Bolívar", no centro de Caracas, anunciou o chefe da diplomacia venezuelana, Yván Gil.
Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores holandês condenou a medida, dizendo que "torna o diálogo ainda mais complicado".
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, convocou nesta quarta-feira o encarregado de negócios da Venezuela em seu país para expressar seu protesto.