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UE pede que G20 pressiona Rússia a tomar acordo sobre grãos

Borrell, disse aos principais diplomatas do G20 que o setor agrícola da Rússia foi o "principal beneficiário" da retirada de Moscou do acordo mediado pela ONU

Chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell,Chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, - Foto: Frederick Florin/AFP

A União Europeia (UE) pediu aos países do G20 que pressionaram a Rússia para retomar um acordo que permite as exportações de grãos da Ucrânia através do Mar Negro, de acordo com uma carta vista pela AFP nesta quinta-feira (3).

O chefe de política externa da UE, Josep Borrell, disse aos principais diplomatas do G20 que o setor agrícola da Rússia foi o "principal beneficiário" da retirada de Moscou do acordo mediado pela ONU.

"A Rússia se beneficiará ainda mais dos altos preços dos alimentos e aumentará sua própria participação no mercado mundial de grãos, ao limitar severamente a capacidade de exportação de seu principal concorrente", escreveu na carta datada de segunda-feira.

Ele disse que a Rússia agora oferece grãos com desconto para nações em desenvolvimento e independentes, "findando resolver um problema que ela mesma criou".

"Esta é uma política cínica que usa deliberadamente a comida como arma para criar novas dependências, exacerbando as vulnerabilidades com tristeza e insegurança alimentar global", escreveu Borrell.

O funcionário da UE disse que a Rússia pode ser persuadida a retornar ao acordo "se a comunidade internacional falar com uma voz clara e unificada".

"Gostaria, portanto, de pedir seu apoio para instar a Rússia a retornar às consequências e se abster de atacar a infraestrutura agrícola da Ucrânia", disse ele.

A UE e outros importantes aliados ocidentais da Ucrânia tentam convencer as potências do G20, como Índia e Brasil, a confrontar a Rússia sobre sua decisão de abandonar o acordo de grãos.

O bloco de 27 nações está trabalhando no que chama de "batalha das narrativas" com Moscou para mostrar aos países em desenvolvimento que o Kremlin é o culpado pela volatilidade global dos preços dos alimentos.

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