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UFPE participa da maior expedição científica da Antártica liderada pelo Brasil

A circum-navegação acontece entre 22 de novembro deste ano a 25 de janeiro de 2025, e vai percorrer mais de 20 mil quilômetros da costa do continente antártico

UFPE participa da maior expedição científica da Antártica liderada pelo BrasilUFPE participa da maior expedição científica da Antártica liderada pelo Brasil - Foto: Johan ORDONEZ / AFP

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) integra a maior circum-navegação científica da Antártica liderada pelo Brasil. A expedição, que acontecerá entre 22 de novembro deste ano a 25 de janeiro de 2025, vai percorrer mais de 20 mil quilômetros da costa do continente antártico para chegar o mais perto possível das frentes das geleiras.

A UFPE é uma das coordenadoras da expedição, com o professor Moacyr Araújo, vice-reitor da universidade, e participa também com o docente Pedro Augusto Mendes de Castro Melo, do Departamento de Oceanografia, junto com outros três pesquisadores do Projeto Mephysto, coordenado pelo vice-reitor.

A saída dos pesquisadores será na manhã do dia 22 de novembro, no Porto de Rio Grande, litoral sul do Rio Grande do Sul.

“Trata-se de uma expedição audaciosa, pela sua abrangência científica, e que buscará identificar indicadores da rápida alteração que vem sendo observada no continente gelado, resultante das mudanças climáticas”, disse o o professor Moacyr Araújo.

O coordenador da expedição é o pesquisador e explorador polar Jefferson Cardia Simões, do Centro Polar e Climático (CPC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O trabalho contará com cientistas de sete países - Argentina, Brasil, Chile, China, Índia, Peru e Rússia.

No total, a missão terá 61 cientistas, incluindo 27 brasileiros vinculados a instituições associadas ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera (INCT) e a projetos vigentes de pesquisa do Programa Antártico Brasileiro (Proantar/CNPq). 

Objetivos
O objetivo da expedição é coletar amostragens ao longo da costa, com estudos biológicos, químicos e físicos. O foco está nos dados atmosféricos, geofísicos, glaciológicos e oceanográficos do manto de gelo antártico e seu entorno. 

A missão também inclui um levantamento aéreo inédito das massas de gelo, monitorando o comportamento das geleiras diante das mudanças climáticas. A expedição espera ainda coletar dados sobre a biodiversidade, a resposta da fauna polar às variações climáticas, a circulação oceânica e os sinais de poluição. 

A tecnologia avançada do satélite Starlink permitirá a troca de informações via texto, áudio e vídeo, com acesso ilimitado à internet durante todo o percurso antártico, o que deve facilitar a comunicação e a transmissão de dados em tempo real.

Importância
Segundo Jefferson Cardia Simões, expedições antárticas que avançaram pelo continente ou fizeram circum-navegação existem há mais de dois séculos, cada vez mais perto da costa. 

“Em 2016/2017, com a participação de cientistas gaúchos, tivemos uma expedição mais ao norte. O pioneirismo desta nova expedição está em ser realizada o mais perto possível da costa da Antártica. Esperamos ter dados sobre a linha de flutuação dessas geleiras e, simultaneamente, apoiaremos um levantamento geofísico dessas frentes de geleiras para entender como elas respondem ao aquecimento da atmosfera e do oceano”, explicou.

Para percorrer toda a costa e acessar o continente antártico, será usado o navio quebra-gelo científico Akademik Tryoshnikov, do Instituto de Pesquisa Ártica e Antártica, de São Petersburgo, na Rússia.

A expedição é 97% financiada pela fundação suíça Albédo Pour la Cryosphère, dedicada ao estudo e à preservação da massa de neve e do gelo planetário. Conta ainda com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).

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