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UFRJ diz que aulas presenciais não voltam até que haja vacina e discute retorno remoto

Segundo o painel de monitoramento do MEC das universidades federais, atualmente 78% delas estão com as atividades de ensino totalmente suspensas

Universidade Federal do Rio de JaneiroUniversidade Federal do Rio de Janeiro - Foto: Fábio Portugal / Acervo UFRJ

A reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ, publicou um comunicado nesta segunda (15) no qual diz que o retorno presencial completo não será possível no ano de 2020 se não houver uma vacina ou um medicamento eficaz contra a Covid-19.

A UFRJ, que completa cem anos de criação em setembro deste ano, informa ainda que haverá o retorno progressivo às aulas em formato remoto emergencial.


Uma das maiores universidades do país e a terceira colocada entre as melhores do Brasil segundo o RUF (Ranking Universitário da Folha de S.Paulo), a UFRJ completa nesta terça (16) 90 dias sem atividades presenciais não essenciais. Assim como outras federais, porém, diversas atividades relacionadas à pandemia seguem funcionando.

A UFRJ realizou, em três meses, 12 mil testes de detecção do novo coronavírus e atendeu mais de 600 pacientes com a Covid-19 em seus hospitais no Rio de Janeiro. Um protocolo de retomada gradual e segura de atividades não essenciais está sendo formulado e deve ser divulgado em breve. "Pretendemos ter um plano de retorno que seja referência para o estado do Rio de Janeiro, com base no diálogo permanente dentro e fora da comunidade universitária", diz a reitoria.

Em 21 de maio, a reitora da Universidade Federal de Minas Gerais, Sandra Regina Goulart Almeida, também afirmou que as aulas presenciais só voltam nos campi da universidade quando houver uma vacina e que formas de ensino remoto estavam sendo discutidas.

Na semana passada, o reitor da Universidade Federal do Espírito Santo, Paulo Vargas, em entrevista à TV da universidade, também disse que estão sendo discutidos modelos para ensino remoto na instituição.

As universidades federais agora discutem maneiras possíveis de retomar as atividades de ensino de forma que o semestre não seja cancelado mas que, ao mesmo tempo, parte dos alunos não seja excluída por conta da dificuldade de acesso de parte deles a ambientes de ensino remoto.

As discussões marcam uma mudança nas entidades. Em março, levantamento da Folha de S.Paulo mostrava que 60% das federais decidiram não usar aulas a distância durante a quarentena de prevenção ao coronavírus. As instituições diziam não ter condições de oferecer atividades com a mesma qualidade do ensino presencial e garantir que todos os estudantes tenham acesso ao conteúdo.

Segundo o painel de monitoramento do MEC das universidades federais, atualmente 78% delas estão com as atividades de ensino totalmente suspensas.

Desde o início da pandemia, a mesma discussão sobre inclusão e manutenção da qualidade tem preocupado gestores e famílias da educação básica pública, que, em muitos estados, estão validando o ensino remoto como as horas necessárias para completar o ano letivo.

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