Um bilhão de pessoas em apenas 43 países correm risco de contrair cólera, alerta ONU
Doença se alastra rapidamente por falta de condições adequadas de saneamento e água potável e pode ser especialmente perigosa para crianças pequenas
Um bilhão de pessoas em 43 países podem contrair cólera, alertou a ONU nesta sexta-feira (19). Embora os meios para deter essa “pandemia dos pobres” sejam bem conhecidos, os recursos para implementá-los são desesperadamente escassos.
— Há uma pandemia que está matando os pobres e sabemos exatamente como pará-la, mas precisamos de mais apoio e menos inércia da comunidade mundial, porque se não agirmos agora, vai piorar — alertou Jérôme Pfaffmann Zambruni, chefe da unidade de emergência de Saúde Pública do Unicef, em coletiva de imprensa na cidade de Genebra.
Um dos responsáveis pela Organização Mundial da Saúde no combate à praga, que se alastra rapidamente por falta de condições adequadas de saneamento e água potável, Herny Gray também alertou sobre o cálculo.
A cólera causa diarreia e vômito e pode ser especialmente perigosa para crianças pequenas.
A ONU, que precisa de 640 milhões de dólares — R$ 3,1 bilhões, na cotação atual — para combater a doença infecciosa, especificou que quanto mais esperar para aumentar os meios de combate, mais a situação se agravará.
Leia também
• Diabetes: novo estudo associa vitamina K com forte redução de risco da doença
• AVC silencioso: cresce o número de adultos que sofrem do problema; veja os sintomas
• Brasileiro morre de catapora no Chile: saiba os sintomas e os riscos da doença em adultos
A OMS afirmou que as campanhas de vacinação foram seriamente prejudicadas. Até o momento, 24 países relataram surtos de cólera, em comparação com 15 em meados de maio do ano passado.
A OMS também foi obrigada a recomendar uma única dose da vacina oral contra a cólera, em vez de duas, para salvar mais pessoas, apesar do risco de protegê-las por menos tempo.
No total, a OMS e o Unicef, que trabalham em estreita coordenação no combate à bactéria, precisam de 160 milhões de dólares (R$ 794,2 milhões) e 480 milhões de dólares (R$ 2,3 bilhões), respectivamente, nos próximos 12 meses para intervir em mais de 40 países.